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Funcionários do BNDES reagem a Bolsonaro e negam ‘caixa-preta’

O presidente eleito Jair Bolsonaro disse que vai iniciar o mandato com compromisso de abrir a 'caixa-preta do BNDES'

Por Redação
Atualizado em 9 nov 2018, 12h50 - Publicado em 9 nov 2018, 12h17

Pela segunda vez, entidades de representação de funcionários do setor público reagem a declarações do presidente eleito Jair Bolsonaro. Primeiro, foram os servidores do IBGE que criticaram a declaração de Bolsonaro de que a pesquisa de emprego era uma farsa. Agora, são os funcionários do BNDES que rejeitam a declaração do presidente eleito de que é preciso “abrir a caixa-preta” do banco público de fomento ao desenvolvimento.

Em nota, a Associação dos Funcionários do BNDES (AFBNDES) diz que a instituição já é investigada por diversos órgãos de controle. “Além de prestar contas regularmente ao Banco Central, CVM, CGU e TCU, o banco vem sendo investigado, há quatro anos, por diversos órgãos de controle e foi submetido a três CPIs, Operação Lava Jato, Operação Bullish, Comissões de Apuração Interna e auditoria independente.”

A associação lembra que “não há nenhuma evidência que comprometa a atuação dos empregados do BNDES em qualquer esquema de corrupção” até o momento.

De acordo com a AFNDES, o “banco divulga suas operações de forma ampla e transparente, sem paralelo com qualquer outra instituição”. “Estão disponíveis no portal institucional informações sobre cliente, valor da operação, projeto apoiado, taxa de juros, prazos e garantias.”

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O BNDES foi alvo de investigação da Polícia Federal que indiciou os ex-ministros da Fazenda Guido Mantega e Antonio Palocci, bem como o ex-presidente do banco Luciano Coutinho. O empresário Joesley Batista (JBS) também foi alvo das investigações. Em todos os casos foram apuradas supostas operações ilícitas no BNDES.

O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, também saiu em defesa da instituição. Segundo ele, “não pode haver revanchismo nem perseguição” nas apurações de irregularidades dentro do BNDES ou de qualquer outro órgão do governo. Guardia havia sido questionado sobre as declarações feitas pelo presidente eleito Jair Bolsonaro no dia anterior e reforçadas, na quinta-feira, em sua conta no Twitter.

Na avaliação de Guardia, o novo governo deve confiar nos órgãos de controle. “Para quem está entrando, em qualquer área de governo: deixe os órgãos de controle funcionar”, recomendou. “Foram feitas coisas erradas no passado e as pessoas já estão respondendo na Justiça.”

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De volta à berlinda por causa de declarações de Bolsonaro, a divulgação de informações das operações do BNDES ganhará um reforço no próximo dia 29. O site do banco passará a informar o ritmo de desembolsos de cada operação de crédito e o retorno líquido de cada investimento em ações. A reformulação do site, anunciada em agosto, faz parte de um processo acelerado em 2015.

Hoje, pelo site, é possível identificar os tomadores de recursos, o valor das operações, taxas e prazos. Com a reformulação do site, será possível saber em cada operação, quanto foi liberado.

(Com Estadão Conteúdo)

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