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Funcionários da Eletrobras iniciam greve de 72 horas contra privatização

Paralisação começou nesta segunda-feira; categoria reivindica também a saída do atual presidente da estatal e o dissídio coletivo de trabalho

Por Redação
Atualizado em 11 jun 2018, 16h55 - Publicado em 11 jun 2018, 09h45

Os funcionários da Eletrobras iniciaram nesta segunda-feira, 11, uma paralisação de 72 horas contra a privatização da companhia e a venda das distribuidoras de energia do grupo. Os eletricitários pedem ainda a saída do atual presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior.

Os empregados querem o afastamento do executivo por estar, segundo eles, tomando atitudes que vão contra o interesse da companhia e depreciando a imagem da empresa junto à sociedade.

Ferreira vem se esforçando para vender as seis distribuidoras deficitárias da companhia e as setenta Sociedades de Propósito Específico (SPEs) selecionadas nos segmentos de transmissão e energia eólica, além de promover a capitalização da Eletrobras, o que vai diluir a participação do governo no capital da empresa.

Até o momento, porém, Ferreira não conseguiu executar nenhuma venda, mas melhorou as finanças da companhia, o que dá argumentos aos empregados de questionarem a necessidade de prosseguir com a privatização.

Segundo a categoria, a privatização da Eletrobras trará prejuízos ao país e à população, com aumento significativo nas contas de luz, com alta que poderá chegar a 30%.

Os profissionais pleiteiam também o dissídio coletivo de trabalho, que venceu em maio.

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No sábado, 9, o ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Mauricio Godinho Delgado, determinou que sejam mantidos em serviço 75% dos empregados de cada uma das empresas componentes do Sistema Eletrobras durante greve.

O porcentual , decidiu o ministro, deve ser observado em proporcionalidade às funções dos trabalhadores a partir da primeira hora de segunda-feira e durante todo o período da paralisação. A multa diária por descumprimento da determinação será de 100.000 reais por entidade sindical.

A Eletrobras informou, por meio de nota, que não dispõe de recursos suficientes para realizar os investimentos necessários em geração e transmissão de energia elétrica no país e, portanto, a capitalização da companhia tem por objetivo garantir a sua sustentabilidade. “Quanto à questão das tarifas, a Eletrobras esclarece que, em outubro de 2017, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), atendendo a ofício do Ministério de Minas e Energia, fez um estudo, com vários cenários, que apontou uma redução da tarifa de energia elétrica em 1,48%, já em 2019, como consequência da desestatização.” A empresa informa ainda que não há demissão em massa. Todos os desligamentos do quadro de pessoal feitos no processo de reestruturação da empresa foram feitos por meio de programas de aposentadoria extraordinária ou de demissões consensuais, com o pagamento de todos os direitos trabalhistas. Essas medidas visam tão somente a reduzir os custos da companhia, para padrões regulatórios definidos pela Aneel.

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