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França e Alemanha se encarregam de plano para salvar Eurozona

Por Por María Lorente
26 out 2011, 18h53

A chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, assumiram nesta quarta-feira as negociações com os bancos para ampliar o perdão da dívida grega, dando sequência assim às decorrências da reunião de Bruxelas que avançou lentamente em sua busca por um acordo anticrise.

Os 27 líderes da União Europeia (UE) aceitaram um acordo para recapitalizar aos bancos, apesar de a cifra total de ajuda ainda estar condicionada ao quanto as instituições financeiras aceitarão perdoar da dívida grega.

“Já chegamos a um acordo sobre um plano para recapitalizar os bancos europeus”, disse o primeiro-ministro polaco, Donald Tusk.

O acordo prevê que os fundos de capital próprio dos bancos sejam de 9% do total de seus ativos para “30 de junho de 2012”, contra os 5% atuais, segundo o texto.

Para consegui-lo, “os bancos terão que recorrer ao capital privado, incluindo as reestruturações e a conversão da dívida em capital”, diz o texto.

Até que se chegue a esse objetivo de 9%, “os bancos terão que estar sujeitos a certas obrigações sobre a divisão dos dividendos e o pagamento de bonificações”.

A Eurozona está disposta a multiplicar a potência do Fondo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF), disse nesta quarta-feira o projeto de acordo analisado pelos dirigentes europeus.

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Os dirigentes europeus estão de acordo “em multiplicar a potência de fogo” do FEEF para que assim possa atender ao resgate de países como Itália e barrar o contágio da crise por outros países, diz o projeto, cuja cópia foi obtida pela AFP.

Paris e Berlim estão de acordo em multiplicar por quatro a potência do fundo, dotado atualmente com capacidade de empréstimo de 440 bilhões de euros.

O FEEF tem a melhor classificação (“AAA”) das agências especializadas, baseada nas garantias dadas por países como Alemanha e França, ambos com a máxima classificação.

Ao mesmo tempo, França e Alemanha se disseram favoráveis à participação da China em um plano europeu para resgatar a Eurozona da crise da dívida, disse uma fonte governamental.

“A França é favorável a essa participação e (o presidente francês Nicolas) Sarkozy irá telefonar ao (chefe de Estado chinês) Hu Jintao”, disse a fonte.

Os europeus negociam ampliar o FEEF mediante um mecanismo ligado ao FMI que oferecerá dívida de países da Eurozona com problemas a investidores privados e inclusive a países emergentes como a China.

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Segundo fontes diplomáticas, a China se mostrou favorável. “A China quer contribuir”, disse um diplomata que pediu anonimato.

Outras duas das potências emergentes que poderiam participar desta operação, Brasil e Rússia, se mostraram dispostas a ajudar aos países da Eurozona, com a condição de que não seja através do FMI.

Já o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, “deixou uma boa impressão” na reunião da União Europeia desta quarta-feira com uma carta na qual este se compromete a apresentar um plano de crescimento em 15 de novembro, disse o primeiro-ministro polaco, Donald Tusk.

Enquanto que a batalha real de Berlusconi é convencer a seus sócios da Eurozona da seriedade de seus planos, Tusk disse que “Berlusconi e Itália não foram objeto das discussões” dos 27 Estados membros da UE.

O presidente da UE, Herman Van Rompuy, que também preside a reunião limitada aos 17 membros da Eurozona, “nos falou da carta de Berlusconi” manifestando sua intenção de promover o crescimento da economia italiana.

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