FMI poderá oferecer ajuda de US$ 35 bilhões aos países árabes
País quer evitar que extremismo se propague ainda mais na região
O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou nesta quinta-feira, em nota ao G8, que estuda fornecer empréstimos de até 35 bilhões de dólares aos países árabes, caso os governos da região peçam ajuda ao organismo. O FMI declara-se disposto a conceder empréstimos aos países importadores de petróleo do Oriente Médio e do norte da África, que são os que necessitam de mais ajuda financeira. A decisão foi divulgada em Deauville, norte da França, durante o encontro dos países do G8, justamente durante a reunião em que se discutia como as nações desenvolvidas poderiam ajudar os países árabes em sua reconstrução após as revoltas.
Ajuda inglesa – O Reino Unido prometeu 110 milhões de libras (175 milhões de dólares) para impulsionar reformas apenas nos países árabes que passam por uma transição democrática, afirmou nesta quinta-feira um porta-voz do primeiro-ministro David Cameron. A promessa foi feita pouco depois de o premier britânico ter afirmado que, apesar de seus problemas econômicos, as nações mais industrializadas do mundo devem ajudar o Oriente Médio e o Norte da África, ou ficarão expostas a uma propagação do “extremismo venenoso”.
Entre os países que serão beneficiados por esta ajuda estão Tunísia e Egito, onde as revoltas populares derrubaram no início de 2011 regimes autoritários no poder há décadas durante primavera árabe, assim como Marrocos e Jordânia, disse o porta-voz de Cameron, que participa da cúpula do G8.
Cerca de 40 milhões de libras serão destinadas à promoção de reformas políticas enquanto que os outros 70 milhões ficarão concentrados no desenvolvimento econômico, indicou. “Este apoio aos povos do mundo árabe está no coração de nosso interesse nacional. Uma incapacidade de atuar poderá provocar instabilidade na porta da Europa, um retorno a regimes autoritários, conflitos e terrorismo”, acrescentou o porta-voz..
(Com agência France-Presse)