FMI: novos recursos não serão destinados apenas para a Europa
Comunicado do Fundo negou especulações de que novos aportes seriam usados para melhorar situação econômica europeia
O comitê de direção política do Fundo Monetário Internacional (FMI) redigiu um documento que informando aos membros do fundo que novos recursos para sua linha de crédito contra a crise, além dos 430 bilhões de dólares atuais, não serão destinados a uma região específica. O comunicado foi divulgado durante a reunião do grupo de ministros de Finanças, em Washington. Trata-se de uma resposta às preocupações de que o dinheiro seria usado para socorrer outro país da zona do euro.
“Esses recursos estarão disponíveis para todos os membros do FMI e não estão reservados para uma região específica”, informa o rascunho, datado de sexta-feira. O órgão também afirmou que os países desenvolvidos devem começar a preparar outras medidas além da política monetária expansionista.
Para a zona do euro, o rascunho afirma que será preciso um progresso contínuo dos esforços para que os países consigam garantir a sustentabilidade da dívida, a estabilidade financeira e a produtividade.
Já as economias emergentes, segundo o documento, continuarão sendo afetadas pela atual turbulência na Europa, assim como pelos elevados e voláteis preços do petróleo e de outras commodities. “O rápido crescimento do crédito em algumas economias também pede um fortalecimento de políticas e estruturas prudenciais”, explica o documento. Contudo, o Fundo reiterou que o aperto orçamentário não pode ser excessivo.
O rascunho acrescenta que o Fundo vai apoiar países árabes que passam por um processo de transição política. O painel se encontrou um dia após economias líderes concordarem em aumentar os cofres do FMI para ajudar a conter a crise da dívida soberana da zona do euro.
(Com Agência Estado e AFP)