Ferrari é acusada de permitir fraude de odômetros de usados
Modelos da marca tinham suas quilometragens reduzidas ou até zeradas para melhor revenda
Aparentemente inabalável, a reputação da Ferrari pode estar prestes a sofrer um escândalo. De acordo com uma denúncia feita por um antigo vendedor da marca nos Estados Unidos e publicada no Daily Mail, alguns veículos tiveram seus odômetros digitais adulterados. O mais grave: o ex-funcionário afirma que a fabricante italiana sempre soube e autorizou o procedimento ilegal.
Após ser demitido sem justificativas plausíveis – apesar da suspeita de relação com sua idade (ele foi substituído pela namorada do gerente, mais jovem) e denúncias iniciais sobre o esquema –, Robert Bud Root resolveu entregar o caso à imprensa e à justiça.
Segundo Root, a loja da Ferrari em Palm Beach (na Flórida) promovia adulterações para aumentar o valor de revenda dos carros. Em alguns casos, a redução de quilometragem chegava a zero, como se o veículo estivesse acabado de sair da fábrica – algo que, segundo o Daily Mail, poderia valorizar uma LaFerrari em até 1 milhão de dólares.
O procedimento seria feito pelo Ferrari DEIS Tester, um equipamento utilizado para fornecer diagnósticos sobre os veículos. Como parte do processo, um servidor online da própria Ferrari é contatado para autorizar a realização de qualquer função do dispositivo – incluindo a alteração de odômetros.
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