EUA: Câmara aprova prorrogação do corte de impostos
Acordo encerra disputa com a Casa Branca e representa vitória para Obama
A aprovação representa uma grande vitória para o presidente americano, após a Câmara, de maioria republicana, ter se negado até agora a dar seu sinal verde
A Câmara de Representantes dos Estados Unidos aprovou nesta sexta-feira, por unanimidade, um acordo para prorrogar benefícios federais para desempregados e a isenção tributária sobre a folha de pagamentos por dois meses. Aprovado a oito dias da expiração do prazo, o acordo põe fim a um impasse entre os parlamentares e a Casa Branca.
O Congresso americano passou a semana num impasse, após os deputados republicanos insistirem numa prorrogação dos benefícios por mais um ano. “O projeto do Senado estende o prazo por apenas dois meses, mas as empresas recolhem seus impostos trimestralmente. Então os empregadores terão um custo com essa decisão”, criticou Boehner anteriormente. Segundo ele, isso prejudicaria as pequenas empresas.
A medida, que já tinha recebido o sinal verde do Senado, permite que os negociadores dos dois grandes partidos americanos contem com mais tempo para obter um acordo mais durável sobre o futuro desses cortes tributários, um dos pilares do programa econômico do presidente Barack Obama. O projeto de lei, que agora só precisa da sanção da Casa Branca, inclui também a prorrogação, por dois meses, dos seguros-desemprego para cerca de 2 milhões de pessoas sem trabalho.
A aprovação representa uma grande vitória para o presidente americano, após a Câmara, de maioria republicana, ter se negado até agora a dar seu sinal verde. Mas, em meio às divisões internas no Partido Republicano e entre pesquisas que indicavam que a contínua rejeição à medida prejudicava a popularidade do partido opositor em plena época pré-eleitoral, o presidente da Câmara, o republicano John Boehner, se viu obrigado a modificar sua postura na quinta-feira.
Após a aprovação da medida, as duas casas do Congresso terão de designar legisladores para um processo bicameral para manter as negociações nas próximas semanas uma prorrogação de um ano, segundo o acordo pactuado por Boehner com o líder da maioria democrata do Senado, Harry Reid.
A Casa Branca lançou na terça-feira passada uma campanha no Twitter e no Facebook para advertir sobre os danos de um aumento de impostos a partir de janeiro para os americanos e para a recuperação econômica em geral. Segundo os cálculos da Casa Branca, a aprovação da medida beneficiará a cerca de 160 milhões de americanos. Se o acordo não tivesse sido aceito, uma família média teria visto desaparecer cerca de 80 dólares mensais de sua renda líquida, ou em torno de mil dólares por ano.
(Com agência EFE)