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Estagnação de ocupados e indústria preocupam,diz Ipea

Por Da Redação
1 mar 2012, 11h23

Por Daniela Amorim

Rio de Janeiro (AE) – A maioria dos indicadores do mercado de trabalho apresentou bons resultados em 2011, mas a estagnação no aumento da população ocupada e a perda de dinamismo no emprego industrial são fatores que preocupam, defendeu o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), no “Boletim Mercado de Trabalho nº 50: Conjuntura e Análise”.

“A evolução do mercado de trabalho em 2011 não foi perfeita por conta desses dois fatos, e eles levam a gente a uma posição cautelosa para os próximos meses, em virtude de problemas na Europa que podem rebater aqui. Por enquanto, pelos números de janeiro, não há nada que preocupe muito. Mas temos que esperar os resultados seguintes”, afirmou Carlos Henrique Corseuil, técnico de Planejamento e Pesquisa da Diretoria de Políticas e Estudos Sociais (Disoc).

A população ocupada cresceu, em média, 2,1% em 2011 ante 2010, o equivalente a uma geração de 453 mil novos postos de trabalho. Mas o Ipea lembrou que houve desaceleração no quarto trimestre, devido a uma queda registrada no mês de dezembro. Houve nova queda em janeiro, mas dentro do esperado, devido aos fatores sazonais.

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Quando à indústria, a queda no emprego foi detectada tanto pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quanto pelo Caged, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, do Ministério do Trabalho. “Essa queda é um reflexo da perda de dinamismo da produção industrial”, explicou Corseuil.

Na PME, o emprego industrial apresentou queda no primeiro trimestre, seguida de recuperação no segundo trimestre. No terceiro trimestre houve novo tombo, que persistiu no quarto trimestre, mostrando a perda de dinamismo. Já no Caged a queda foi confirmada no quarto trimestre.

“A indústria, por causa do encadeamento que tem, puxa outros setores juntos. E não teve um ano muito favorável. De certa forma, esse comportamento da indústria é muito preocupante, por exemplo, para o setor de serviços prestados a empresas, porque ele está muito ligado à indústria. Então tem que esperar pra ver se o comportamento ruim da indústria vai afetar ou não esse setor”, alertou o pesquisador do Ipea.

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Entretanto, o estudo ressalta também os pontos positivos do emprego em 2011, como a queda na informalidade, o crescimento de vagas e a expansão da renda média do trabalhador. “A maioria dos indicadores aponta bons resultados em 2011, a queda na informalidade, o emprego subindo, a renda aumentando”, considerou Corseuil. A média de desocupação no ano passado foi de 6,0%, a menor desde 2002.

Em dezembro, a taxa de desemprego chegou a 4,7%. Mas o Ipea chama a atenção para o resultado positivo da formalização do trabalho. O nível de informalidade médio em 2011 ficou em 35,1%, uma queda de 2,0 pontos porcentuais em relação ao resultado de 2010. “Com relação ao grau de formalidade, esse é um indicador que vem mostrando desempenho muito bom. O patamar de 2011 está bem abaixo de 2010, o indicador fecha o ano em queda, e continua caindo em janeiro de 2012”, apontou o pesquisador do Ipea.

Os dados de informalidade levam em conta os trabalhadores sem carteira assinada, por conta própria e não remunerados. Em dezembro, o nível de informalidade atingiu o menor patamar para o mês desde 2003, 34,4%. O indicador continuou em patamares baixos em janeiro de 2012, 34,3%.

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Quanto ao rendimento médio real dos trabalhadores, a média de 2011 ficou 2,7% acima da de 2010. Em dezembro, a renda média foi de R$ 1.650,00, e, em janeiro, de R$ 1.660,96. A massa salarial também progrediu, registrando um aumento médio de 4,8% em 2011 ante 2010.

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