Bruxelas, 25 jun (EFE).- Um grupo de especialistas pediu nesta segunda-feira no Parlamento Europeu uma maior colaboração entre Brasil e União Europeia (UE) para inovação e desenvolvimento de energias renováveis como eólica ou biomassa.
O potencial de cooperação entre as duas partes em setores estratégicos foi a principal mensagem do seminário de especialistas em inovação que ocorreu em Bruxelas e foi organizado pelo eurodeputado popular espanhol Pablo Zalba e o socialista italiano Gianluca Susta.
Zalba refletiu sobre o fato de que, enquanto a UE realiza importantes avanços em tecnologia das energias renováveis, na região ibero-americana este recurso mal representa 2% do total das fontes energéticas.
No entanto, o eurodeputado do Partido Popular (PP) disse que entre UE e Brasil existe uma ‘grande complementaridade’, pois a América Latina possui o 16% das reservas mundiais de petróleo do mundo e mais de 4% de gás, entre outros argumentos.
Enquanto isso, o diretor técnico e cientista do Centro Nacional de Energias Renováveis da Espanha (CENER), Fernando Sánchez Sudón, afirmou que ‘a colaboração entre a União Europeia e o Brasil deve ir além de biocombustíveis e se estender a outras energias, como a eólica’.
Na mesma linha, o vice-presidente da Federação de Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, Carlos Mariani Bittencourt, falou sobre o potencial da colaboração entre Europa e Brasil em biomassa e energia eólica.
No seminário no Parlamento Europeu, organizado em parceira com a Agência Brasileira de Promoção de Investimentos (ApexBrasil), também participaram o secretário-geral associação europeia de Câmaras de Comércio e Indústria, EuroChambres, Arnaldo Abruzzini, e o diretor-executivo de Assuntos de Negócios Brasil-Europa, Rui Faria da Cunha.
Ainda discursaram o embaixador da missão do Brasil perante a UE, Ricardo Neiva Tavares, e o membro do gabinete da Comissão Europeia, Massimo Baldinato. Os participantes destacaram a necessidade de seguir cooperando juntos em setores estratégicos da inovação como o energético, agroindustrial e aeroespacial. EFE