MADRI/LONDRES, 7 Jun (Reuters) – A Espanha resistiu às pressões de financiamento nos mercados de crédito nesta quinta-feira e conseguiu levantar dinheiro a um custo viável porém alto, enquanto o planejamento por debaixo dos panos para um provável resgate aos bancos prejudicados por dívidas intensificava-se.
Madri vendeu 2,1 bilhões de euros (2,6 bilhões de dólares) em títulos do governos, pagando pouco mais de 6 por cento para vender sua dívida com vencimento em dez anos, acima da taxa de 5,74 por cento no mês passado. Isso diminuiu -pelo menos por enquanto- os temores levantados pelo ministro do Tesouro da Espanha, Cristobal Montoro, que disse na terça-feira que o país estava sendo excluído dos mercados de crédito.
Embora a Grécia seja a maior preocupação, a ameaça mais direta vem da Espanha, onde o sistema bancário está sobrecarregado com empréstimos imobiliários ruins e pode precisar de 40 bilhões de euros de capital novo, o minímo que deve ser feito para escorar o setor.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e líderes japoneses e canadenses telefonaram para os principais líderes europeus nesta semana para expressar sua preocupação com o aprofundamento da crise e pressionar por ações mais fortes -aumentando as esperanças antes da cúpula da União Europeia em 28 e 29 de junho.
Mas a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, diminuiu as esperanças de que a cúpula irá produzir um grande avanço sobre uma união fiscal e bancária mais próximas nas 17 nações do bloco monetário, dizendo que o progresso levaria mais tempo.
(Reportagem de Nigel Davies e Ana Nicolaci da Costa; reportagem adicional de Julien Toyer, Fiona Ortiz e Andres Gonzalez em Madri, Annika Breidthardt e Noah Barkin em Berlim, Luke Baker em Bruxelas, Estelle Shirbon e Fiona Shaikh)