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Escalada do petróleo e clima ameaçam controle inflacionário

Redução da oferta de petróleo no mercado internacional e fenômenos climáticos como o El Niño podem provocar desequilíbrios nos preços

Por Luana Zanobia Atualizado em 20 set 2023, 11h56 - Publicado em 20 set 2023, 11h54

A volatilidade nos preços dos combustíveis e a influência do clima sobre os custos dos alimentos emergem como pontos de preocupação para a meta de inflação, estabelecida em 3,25% para este ano, com uma variação de 1,5 ponto percentual para cima (4,75%) ou para baixo (1,75%). No último boletim Focus do Banco Central, a projeção é que o IPCA chegue a 4,86% ao final de 2023. Apesar de uma diminuição em relação à estimativa anterior, essa cifra ultrapassa o limite superior estipulado.

Os preços do petróleo têm mostrado crescimento no cenário global, um movimento que pode acarretar ajustes nos valores da gasolina e do óleo diesel no território nacional. Segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a gasolina, com base nos valores da Petrobras, está defasada em 9% em relação ao mercado internacional. O último reajuste anunciado pela companhia ocorreu em meados de agosto e novos ajustes devem ser necessários se o preço do petróleo continuar a escalar. No início do mês, o petróleo Brent atingiu a cifra de 90 dólares por barril – uma alta não vista há 10 meses. Esta onda de valorização foi impulsionada por declarações da Arábia Saudita e Rússia, que confirmaram a extensão dos cortes em sua produção até o término de 2023.

A questão alimentar, por sua vez, também apresenta potencial inflacionário. Apesar da recente diminuição nos preços dos alimentos no país, beneficiada por uma safra abundante e alívio em alguns custos produtivos, eventos climáticos, como o El Niño, têm potencial para desequilibrar esse cenário. Confirmado em junho por especialistas dos Estados Unidos, o El Niño é um fenômeno climático que provoca o aquecimento não convencional do Oceano Pacífico, afetando padrões climáticos ao redor do mundo. No Brasil, o efeito pode se traduzir em chuvas intensas no Sul e períodos de seca nas regiões Norte e Nordeste, de acordo com análises do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

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