DUBLIN, 13 Jun (Reuters) – Chipre precisa de 1,8 bilhão de euros para recapitalizar um de seus bancos nas próximas semanas, mas pode pedir até 4 bilhões de euros se isso envolver fundos de resgate da União Europeia, afirmou o vice-ministro para Europa do país, Andreas Mavroyiannis.
Mavroyiannis disse à Reuters em uma visita à Irlanda que ainda não foi tomada nenhuma decisão sobre como resgatar o sistema bancário de seu país, mas que um empréstimo envolveria a Europa.
Ele afirmou que Chipre pode também buscar ajuda junto a Rússia e/ou China, e que essa ajuda pode ser mesclada à da Europa.
“Tudo está sobre a mesa”, disse ele. “Pode ser uma combinação (de dinheiro bilateral e da Europa). Como quer que seja, terá uma parte da Europa -dinheiro ou condicionalidade.”
“Não sei se será Rússia ou China.”
Separadamente, o ministro das Finanças, Vassos Shiarly, afirmou em conferência sobre economia em Nicósia, que o país poderá ter que intervir e precisar de um regate para sustentar seu segundo maior banco, altamente exposto à Grécia.
“Nossa primeira escolha…seria que a recapitalização dos bancos seja enfrentada efetivamente através de soluções privadas”, disse ele.
“Mas com base nas circunstâncias atuais, existe uma grande possibilidade de que o Estado tenha que intervir para dar suporte a um dos bancos cipriotas”, completou ele.
“Esse suporte viria ou de um empréstimo bilateral de um terceiro país, ou através do mecanismo da UE.”
O Banco Popular do Chipre precisa levantar 1,8 bilhão de euros até 30 de junho, prazo estabelecido por reguladores europeus para impulsionar seu capital.
O Chipre, que representa 0,2 por cento da economia da zona do euro, recebeu um empréstimo bilateral de 2,5 bilhões de euros da Rússia, parceiro comercial, no ano passado. A imprensa vem divulgando que o país pode recorrer aos russos para um novo empréstimo, mas há rumores também sobre a China.
(Reportagem de Conor Humphries e Michele Kambas)