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Entenda o que é meta contínua de inflação e o que muda com decisão do CMN

Novo sistema de análise da meta de inflação dará mais flexibilidade ao BC ao contextualizar a decisão de juros sem amarras de um calendário fechado

Por Pedro Gil
29 jun 2023, 18h39

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta quinta-feira, 29, que o Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu alterar o modo de aferição da meta de juros, em sistema contínuo, não mais de ano-calendário, como é vigente desde 1999. Isto é, a meta considerará um horizonte relevante, que deverá ser de 12 a 24 meses.

No modelo atual, o Banco Central persegue o cumprimento da meta de janeiro a janeiro do ano vigente. Agora, ele olhará para os 12 meses imediatamente anteriores e os 12 próximos. Em maio, por exemplo, a inflação acumulada está em 3,94%, abaixo dos 5,02% projetados até o fim do ano. Ou seja, essa alteração dá maior flexibilidade a autoridade monetária tomar decisões de juros sobre a perseguição da meta sem precisar de ajustes bruscos na taxa de juros. “Quando o Banco Central faz a política monetária, demora um tempo para que ela tenha efeito na inflação, em torno de 18 meses”, explica Luiz Fernando Figueiredo, ex-diretor do Banco Central. “Quando se fala então em horizonte relevante, estamos falando desse intervalo de tempo, 18 meses, que é quando de fato a decisão de hoje impacta os preços”, completa.

A meta contínua deve ser adotada a partir de 2025, quando começa um novo mandato na presidência do Banco Central. Segundo Haddad, a mudança na modelagem aproxima o Brasil de outros países do mundo. “Meta de inflação, eu anunciei ao CMN e explico porque é ato prerrogativa do presidente mudança no regime em relação ao ano-calendário, conforme já discutido com sociedade, já tinha manifestado minha simpatia por uma mudança desse padrão que só se verifica em dois países, dentre os quais o Brasil, adotaremos meta contínua a partir de 2025, decidimos manter a meta a luz dos indicadores econômicos”, afirmou.

Mais cedo, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que um estudo do Banco Central mostrou que a meta contínua seria “mais eficiente”. “Em alguns momentos da história, o governo ficou preocupado em estourar a meta em um ano específico e acabou tomando medidas no final do ano que fizesse com que aquela inflação caísse de forma pontual e que gerou uma alocação de recursos que não era a mais eficiente do ponto de vista econômico. E grande parte dos países não tem meta de ano-calendário”.

 

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