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Endividamento a baixo custo alivia EUA de fracasso da ‘supercomissão’

Por Por Hugues Honoré
21 nov 2011, 17h14

Apesar do provável fracasso da “supercomissão” orçamentária dos EUA – que não dá sinais de definição às vésperas da data limite para reduzir o déficit orçamentário do país – os americanos gozam de um luxo que os políticos de outros países não possuem: taxas de juros muito baixas.

A forte demanda por títulos de dívida do Tesouro permite o pagamento de taxas baixas. Nesta segunda-feira, as obrigações a seis meses pagavam uma taxa média de 0,04%. Na mesma data, a França pagou 0,742% por obrigações com o mesmo vencimento. Ao final de outubro, a Espanha pagou 3,302%, e a Itália 3,535%.

No âmbito político, no entanto, Washington retomou quatro meses depois as discussões que abalaram o país em julho e agosto, quando foi discutido o limite da dívida. A “supercomissão” organizada para essa tarefa, no entanto, não conseguiu chegar a um consenso sobre como reduzir o déficit sem comprometer o crescimento.

Segundo especialistas, a tarefa é colossal. A dívida pública, que superou nos últimos dias 15 trilhões de dólares, equivale a 100% do produto interno bruto.

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O déficit orçamentário alcançou 1,299 trilhão de dólares no exercício de 2011, finalizado em 30 de setembro. A Casa Branca e o Congresso acreditam que poderão reduzir esse montante em um bilhão no exercício atual, o que seria a primeira redução desde 2008.

A instancia bipartidária de 12 congressistas, no entanto, estava nesta segunda-feira a ponto de abandonar seus esforços para acordar medidas que reduzam o déficit orçamentário do Estado Federal em ao menos 1,2 trilhão de dólares em 10 anos.

O presidente Barack Obama, que acaba de retornar de uma visita à Ásia, se recusou a falar sobre o andamento das conversações, ignorando perguntas de jornalistas sobre o assunto durante a aprovação de uma lei a favor do emprego para os veteranos de guerra.

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A lei diz que na ausência de um compromisso antes da meia-noite de quarta-feira, seriam acionados cortes automáticos.

“Com isso, é improvável que as projeções de déficit sejam alteradas substancialmente”, disse Alec Phillips, analista do banco de investimentos Goldman Sachs.

Contudo, caso esse ajuste automático seja acionado, o gastos públicos serão os mais atingidos, forçando o Estado Federal a realizar drásticos cortes, que começarão em 2012 e serão sentidos principalmente em 2013.

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Segundo cálculos de analistas da Nomura, caso não haja mudanças, a economia americana deverá ter seu crescimento reduzida em 3 pontos percentuais em 2013 devido aos cortes nos gastos públicos.

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