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Empresas de SP concluem US$ 3,2 bi em negócios nos Emirados Árabes

Estimativa foi feita pelo governador João Doria ao encerrar missão comercial ao país árabe. Itapemirim pode receber US$ 500 milhões em investimentos

Por João Pedroso de Campos, de Dubai
Atualizado em 13 fev 2020, 06h51 - Publicado em 13 fev 2020, 06h26

Ao encerrar a missão de negócios aos Emirados Árabes Unidos, na noite desta quarta-feira, 12, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), estimou em 3,2 bilhões o volume de negócios fechados por oito empresas privadas paulistas durante a viagem. O montante será movimentado nos próximos 18 meses, sobretudo na exportação de produtos e serviços destas empresas a Arábia Saudita, Oriente Médio, Ásia e norte da África.

Na terça-feira 11, o tucano havia estimado que o total de investimentos a serem recebidos no estado por fundos soberanos do país árabe poderia chegar a 30 bilhões de reais, incluindo possíveis investimentos em concessões e projetos de privatização de sua gestão. O número considerou, segundo o secretário da Fazenda paulista, Henrique Meirelles, “o patrimônio investido nesses fundos, o que já tem alocado no Brasil e das oportunidades que estão se abrindo no estado de São Paulo”

Integrante da comitiva de empresários que acompanhou Doria às cidades de Abu Dhabi e Dubai, o grupo Itapemirim pode receber um investimento de 500 milhões de dólares de um dos fundos soberanos do país árabe. O montante corresponde a cerca de 2 bilhões de reais pela cotação atual.

Segundo o presidente da Itapemirim, Sidnei Piva, o valor seria aportado na renovação da frota da viação e a uma companhia aérea que ele pretende lançar ao mercado até 2021, a Ita. A empresa vai operar sobretudo entre aeroportos regionais, no interior do país, e as capitais.

O empresário diz não poder revelar se o investimento será feito pelo Mubadala ou o Abu Dhabi Investiment Autority (ADIA), dois dos principais fundos soberanos dos Emirados, com os quais Doria e sua equipe também se reuniram no domingo, 9. Piva retornará aos Emirados Árabes nos próximos dias para concluir a negociação e diz já ter contratado um executivo para conduzir a sociedade em Dubai.

Dono de empresas nos setores de transporte ferroviário e metalúrgico, Piva também pretende disputar concessões de alguns dos 21 aeroportos regionais incluídos no plano de privatizações do governo Doria, como os terminais de Ribeirão Preto, a cerca de 350 quilômetros de São Paulo, e Bauru, distante 340 quilômetros da capital.

Escritório com anuidade

Inaugurado por Doria na segunda-feira, 10, o escritório de São Paulo em Dubai cobrará uma anuidade de 15.000 dólares das empresas que aderirem aos serviços da unidade em busca de negócios no país árabe, no Oriente Médio e na África. O prazo mínimo de filiação ao escritório paulista é de dois anos.

Segundo o presidente da Invest SP, Wilson Mello, o objetivo da cobrança é fazer com que a unidade seja “autossuficiente”. “Não existe almoço de graça”, disse Doria em entrevista na noite desta quarta-feira, 12, quando ele encerrou a missão de negócios nos Emirados.

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Até o momento nove empresas estão filiadas ao escritório, entre as quais as gigantes do setor de alimentos BRF e JBS e a administradora de portos DP World, dos Emirados Árabes. A meta do governo paulista é ter 30 empresas filiadas ao escritório até abril.

Durante a missão comercial, foi firmado um acordo entre a gestão Doria e o governo local para que 10 startups brasileiras sejam “incubadas” em centros de tecnologia em Dubai e Abu Dhabi, onde receberão capacitação, modernização tecnológica e investimentos financeiros.

A meta do governo paulista é concluir a seleção das empresas até o final de 2020. Segundo a secretária de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen, os investidores dos Emirados têm interesse em empresas de tecnologia nas áreas financeiras, de agricultura e saúde.

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O centro de negócios de São Paulo em Dubai é o segundo aberto por João Doria fora do Brasil. Em agosto de 2019, ele inaugurou o escritório paulista em Xangai, na China.

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