Emprego na indústria tem pior resultado desde 2009
Segundo IBGE, índice de ocupação caiu 3,1% na comparação com o sexto mês de 2013; segmento de Petróleo e álcool foi o que mais demitiu
Como reflexo da desaceleração econômica e retração da indústria, o nível de emprego no setor industrial caiu 3,1% em junho em relação ao mesmo mês do ano passado, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira. Nessa base de comparação, este é o maior recuo desde novembro de 2009, quando o indicador registrou queda de 3,7%. Ante maio, a ocupação da indústria recuou 0,5%, sem considerar influências temporárias. Assim, o nível de emprego na indústria brasileira caiu 2,3% no primeiro semestre de 2014 e, em 12 meses até junho, 1,9%.
Considerando o nível de ocupação de junho deste ano com o do ano passado, o segmento de Refino de Petróleo e Álcool foi o que mais demitiu: o número de assalariados despencou 8,4%. Calçados e couro vieram na sequência, com queda de 7,6%. Na contramão, a indústria de produtos químicos foi uma das poucas que aumentou seu quadro de funcionários, mesmo assim, a alta foi tímida, de apenas 1,9%.
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Ainda segundo o instituto, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria caiu 1,2% entre junho e maio; 4,2% em relação ao sexto mês de 2013; 2,9% no primeiro semestre do ano; e, por fim, 2,3% no acumulado de 12 meses até junho.
Por fim, o salário desses trabalhadores também sentiu os efeitos de uma economia com pé no freio e a folha de pagamento caiu 2,4% em relação a maio e 0,3% contra junho de 2013. A boa notícia é que, no ano, a remuneração dos trabalhadores subiu 1,3%.
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Ocupação na indústria
Apenas três dos 18 segmentos avaliados tiveram aumento do número de funcionários na comparação de junho de 2014 com junho de 2013
IBGE