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Em novo protesto, servidores públicos paralisam ministérios

Manifestantes reclamam de plano que cortará 30.000 vagas no setor público

Por Da Redação
12 out 2011, 08h50

Centenas de servidores públicos bloquearam, nesta quarta-feira, o acesso a diversos ministérios em protesto contra uma nova lei que corta 30.000 vagas no funcionalismo estatal até o fim de 2011, além de reduzir salários e previdência.

Desde o início do dia, funcionários dos ministérios de Economia, Finanças, Desenvolvimento, Interior, Agricultura e Reformas Administrativas bloquearam o acesso aos prédios, impedindo qualquer atividade trabalhista.

A partir das 5 horas da manhã desta quinta-feira, os meios de transporte público em Atenas permanecerão paralisados durante 48 horas em protesto contra o corte no pessoal e a redução dos salários. Os sindicatos majoritários convocaram uma nova greve geral de 24 horas para o próximo dia 19, que se soma a uma onda de paralisações setoriais anteriores.

Os trabalhadores portuários de todo o país e os funcionários do Ministério da Fazenda também iniciarão uma greve de três dias a partir de segunda-feira em protesto pelas medidas de austeridade econômica. Antes, os advogados farão uma greve de uma semana a partir desta quinta-feira, enquanto os garis – vinculados às prefeituras – se mantêm de braços cruzados, o que levou ao acúmulo de 7.000 toneladas de lixo nas ruas das principais cidades.

O primeiro-ministro grego, Giorgos Papandreou, convocou uma reunião do Conselho de Ministros para esta quarta-feira para discutir a liberalização da profissão de taxista, que emprega cerca de 27.000 pessoas em todo o país, e que possuía um sistema de licenças fechado que não permitia a emissão de novas permissões.

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Ajuda – Na terça-feira, A comissão de inspetores internacionais que avalia as medidas de austeridade adotadas pela Grécia divulgou nesta terça-feira um comunicado no qual afirma que concluiu a quinta revisão do plano de resgate e que a próxima parcela do pacote, de 8 bilhões de euros, deve ser liberada no começo de novembro.

A liberação da parcela só será autorizada após o grupo de ministros de Finanças da zona do euro e a diretoria do Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovarem o relatório da comissão de inspetores. Segundo o documento divulgado, foi fechado um acordo com as autoridades gregas sobre as políticas econômicas e financeiras necessárias para colocar o programa econômico do governo de volta nos eixos.

Leia na coluna de Ricardo Setti

O governo grego entregou sua alma a Deus. O povo grego paga a parte mais difícil – sofre as consequências de cortes, restrições, queda de atividade econômica e desemprego, e não por acaso já ocorreram mais de trinta greves gerais este ano, fora os choques de rua com quebra-quebras e feridos.

Os países da UE, à frente Alemanha e França, lançaram mão de seus próprios Tesouros, pagando um preço financeiro por isso e afetando, inevitavelmente, políticas públicas em andamento ou em vias de implantação. O BCE e o FMI se viram forçados a adiantar os recursos em boa parte com juros abaixo do que gostariam.

E os bancos privados? Não sei porque essa informação praticamente não circula, mas o fato é que mais de 80% das centenas de bancos envolvidos de forma direta ou indireta nas operações aceitaram engolir um enorme sapo, assumindo “possíveis perdas” de até 54 bilhões de euros (130 bilhões de reais) até 2014, que poderão chegar a 135 bilhões de euros (327 bilhões de reais) até 2019.

(com agência EFE)

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