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Elas querem o Brasil

No comando do DAZN, o canal de streaming de esportes, John Skipper fala a VEJA

Por Lucas Cunha
Atualizado em 24 Maio 2019, 07h00 - Publicado em 24 Maio 2019, 07h00

O americano John Skipper, de 63 anos, ajudou a transformar a rede de TV por assinatura ESPN em um negócio de 10 bilhões de dólares. Em dezembro de 2017, ele deixou o cargo de presidente da empresa e, cinco meses depois, ressurgiu à frente do DAZN (pronuncia-se “dazon”), o primeiro canal de streaming dedicado à transmissão de esportes ao vivo. De seu escritório, em Nova York, Skipper falou a VEJA.

As TVs tradicionais estão prontas para o cenário do streaming? Empresas como a ESPN aqui nos Estados Unidos, ou a Globo no Brasil, são bem geridas e têm pessoas inteligentes trabalhando nelas. São lucrativas e estão preparadas para certa transição. O grande problema é que elas são sobrecarregadas pelos sistemas tradicionais do modelo antigo. Elas têm de defender seu negócio atual e, ao mesmo tempo, se reinventar no modelo novo. É muito difícil! Nós não temos de nos preocupar com o que fazer com todo o equipamento velho, por exemplo. Podemos marchar para o futuro sem nenhum peso nas costas.

Não há mais espaço, então, para canais de televisão? O vídeo é claramente a maneira preferida pelas pessoas para assistir a entretenimento e notícias. Isso não quer dizer que a televisão vai ficar obsoleta, mas a maneira como consumimos vídeo está mudando. Haverá uma coexistência. Faz sentido que exista um meio que chegue a todo mundo, como a televisão aberta. A TV paga já está decaindo, e o que está ascendendo é o vídeo pela internet de banda larga. É simplesmente melhor: mais barato para o consumidor e para o produtor, é interativo, você tem mais informação… São muitas as vantagens.

A conexão pela internet, muitas vezes falha, não é um problema? A tecnologia da televisão a cabo é, de fato, fantástica. Você liga a TV e tudo funciona. A banda larga ainda é emergente; há casas que têm e outras que não têm. Ainda temos um desafio tecnológico porque o streaming ao vivo nem sempre funciona perfeitamente. Mas claramente somos o futuro.

A entrada de Netflix, Amazon e outros gigantes globais tende a acabar com os canais locais? A TV exige muito investimento em infraestrutura, cabos, satélites… Na internet é mais fácil, as pessoas já têm conexão em casa, então a tendência é que empresas globais entrem com cada vez mais força no Brasil e em outros países. Essa é a nossa ambição.

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O senhor esteve à frente do maior canal de TV a cabo do mundo, e agora lidera uma empresa de streaming de esportes. A mudança se deu por instinto de sobrevivência? Foi uma combinação de oportunidade com interesse. Eu sabia que o futuro está no streaming. E queria trabalhar em coisas novas; acho que o novo é mais estimulante e criativo. E potencialmente, claro, tenho a oportunidade de construir uma grande companhia.

Publicado em VEJA de 29 de maio de 2019, edição nº 2636

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