Eike Batista reduz participação no Rock in Rio
IMX passa a deter 20% (e não mais 50%) da Rock World, organizadora do festival e criada por Roberto Medina, que vendeu metade da produtora para a americana SFX
O empresário Roberto Medina vendeu 50% da Rock World, empresa que organiza o Rock in Rio, para a americana SFX Entertainment. Sediada em Nova York, a SFX foi fundada nos anos 1990 pelo empresário Robert Sillerman e é especializada na produção de eventos ao vivo. O negócio foi fechado por 150 milhões de reais.
Com isso, a Rock World, que tem a IMX, do empresário Eike Batista, como uma de suas sócias, deixa de existir. Eike, que havia comprado metade da Rock World em 2012 por estimados 120 milhões de reais, está se desfazendo de ativos ou reduzindo participações em diversos negócios desde o ano passado.
A entrada da SFX na empresa que organiza o Rock in Rio fez nascer uma nova companhia – que deve se chamar Rock City. Desse novo negócio, Medina e a produtora americana terão 40% das ações. Os 20% restantes ficarão com Eike Batista, que teve a sua participação diluída em 30 pontos porcentuais – de 50% na Rock World para 20% na Rock City.
“Através de suas conexões internacionais a IMX colaborou para atingir esta meta, formando novas parcerias, viabilizando novos projetos como o Rock in Rio em Las Vegas e aumentando a visibilidade da marca Rock in Rio no mercado americano.” Em 28 anos, foram realizadas 13 edições do evento no Rio de Janeiro, Lisboa e Madri. O público alcançou, em 2013, a marca de 7 milhões de pessoas. “A parceria com a SFX nos permitirá acelerar o crescimento de nossa marca em novos territórios”, disse em nota Roberto Medina, presidente do Rock in Rio.
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Hotel Glória – Em outro caso em que Eike se desfez de ativos, o fundo suíço Acron confirmou no início do mês a compra do Hotel Glória, um dos mais tradicionais do País. O estabelecimento foi inaugurado em 1922 e está em reforma desde 2008, quando foi comprado pelo grupo EBX por 80 milhões de reais. Em nota, a IMX informou que sua participação na sociedade visava, prioritariamente, expandir os negócios do Rock in Rio para novos mercados.
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(Com Estadão Conteúdo)