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Egito anula acordo de fornecimento de gás a Israel

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22 abr 2012, 16h46

O Egito anulou seu acordo com a companhia egípcia que exporta gás a Israel por não respeitar algumas das cláusulas do contrato, afirmou neste domingo o presidente de uma holding governamental à AFP.

A holding Egas e a autoridade geral egípcia do petróleo “anularam na quinta-feira seu contrato com a companhia egípcia East Mediterranean que exportava gás a Israel, já que a companhia não respeitou as condições estipuladas pelo contrato”, afirmou à AFP Mohammed Chuaib, presidente da Egas.

A venda de gás a Israel, assinada em um acordo de paz com o Egito em 1979, sempre foi controversa no país mais populoso do mundo árabe. Foi o maior acordo comercial entre os dois ex-inimigos.

Um duto na Península do Sinai usado para fornecer gás egípcio para Israel e Jordânia foi atingido por uma explosão em 9 de abril, no décimo quarto ataque do tipo desde a revolta que tirou o presidente Hosni Mubarak do poder em fevereiro de 2011.

O Egito tem enfrentado problemas relacionados à segurança desde as revoltas.

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O fornecimento de gás a Israel, estabelecido durante o governo Mubarak, têm sido alvo de críticas no Egito. Israel gera 40% de sua eletricidade com gás natural, e o Egito fornece 43% de seu abastecimento.

Apesar de Israel não ter reagido imediatamente após o cancelamento do acordo, uma companhia com ações na EMG, um consórcio egípcio-israelense, informou estar considerando ações legais contra a EGAS.

“A EMG considera o cancelamento do contrato uma ação ilegal e de má fé, e, consequentemente, pedirá sua anulação”, afirmou a Ampal-American Israel Corp em um comunicado.

“EMG, Ampal, e outros acionistas internacionais da EMG consideram suas opções legais assim como recorrer a vários governos”, informou a companhia.

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“A EMG procura compensações da EGPC e da EGAS por danos causados pelo rompimento contratual.”

As exportações para Israel foram lançadas em 2008, três anos depois do acordo cercado de graves críticas por parte da Irmandade Muçulmana egípcia. Em um contrato de 15 anos envolvendo 2,5 bilhões de dólares, a EMG comprometeu-se a vender 1,7 bilhão de metros cúbicos de gás anualmente.

Em janeiro, um advogado de defesa de Mubarak disse a um tribunal no Cairo que não havia evidências relacionando o ex-presidente egípcio ao controverso acordo de gás.

Farid al-Deeb disse que a agência de espionagem egípcia negociou o acordo em linha com as normas internacionais.

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“Não há uma única evidência de que Mubarak esteja envolvido no acordo para exportar gás a Israel”, a um custo de 714 milhões de dólares para o Estado em perdas, disse Deeb ao tribunal.

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