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‘Efeito Jucá’ puxa alta do dólar e queda da Bovespa

Mercado reagiu a temores de que gravação sobre a Lava Jato leve a campanha pelo reequilíbrio das contas públicas brasileiras a mais um impasse

Por Da Redação
23 Maio 2016, 17h50

O dólar fechou em alta superior a 1,80% e voltou a se aproximar de 3,60 reais nesta segunda-feira, reagindo a temores de que a gravação em que o ministro do Planejamento, Romero Jucá, sugere um pacto para deter a Operação Lava Jato leve a campanha pelo reequilíbrio das contas públicas brasileiras a mais um impasse. No fim da sessão, a moeda avançou 1,82%, a 3,58 reais na venda, após atingir 3,59 reais na máxima desta sessão.

Em conversas gravadas com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, Jucá indicou que uma mudança no governo federal resultaria em pacto para “estancar a sangria” da Operação Lava Jato, que investiga ambos. O diálogo foi gravado em março e revelado nesta segunda-feira pelo jornal Folha de S.Paulo.

“Perder um soldado já na largada seria muito ruim para a credibilidade desse governo, ainda mais por acusações de obstrução de Justiça”, disse o operador da corretora Ativa Arlindo Sá.

Jucá negou que tenha sugerido um acordo para deter o progresso das investigações de corrupção, dizendo que as frases da conversa foram “pinçadas e colocadas fora do contexto”. Mas poucos minutos antes do fechamento do mercado à vista, anunciou que se licenciará da pasta até que o Ministério Público se manifeste sobre a conversa.

O ministro é um dos principais interlocutores do governo do presidente interino Michel Temer com o Congresso e está encarregado de buscar apoio a medidas para colocar a economia nos eixos. “Ninguém quer pagar para ver se o governo vai lidar bem com isso. Na dúvida, você se protege”, disse o superintendente de derivativos da corretora de um banco nacional.

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Bovespa – Já no mercado de ações, o índice Ibovespa, da Bolsa de Valores de São Paulo, fechou em queda pela quinta sessão seguida. Nesta segunda-feira, o tombo foi de 0,79%, aos 49.330 pontos. Os investidores também reagiram aos desdobramentos das notícias sobre Jucá.

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Nova meta – Está previsto que a Comissão Mista do Orçamento (CMO) vote nesta segunda-feira a nova projeção de déficit primário deste ano, no primeiro desafio político no Congresso Nacional do governo interino de Michel Temer.

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Na noite de sexta-feira passada, o governo anunciou que pedirá ao Congresso autorização para fechar 2016 com déficit primário recorde de 170,5 bilhões de reais. A proposta inclui o desbloqueio de 21,2 bilhões de reais em contingenciamentos anunciados na gestão da presidente Dilma Rousseff.

Embora o número fosse em certa medida esperado pelo mercado, operadores se decepcionaram com a falta de anúncio de medidas concretas para reduzir o rombo.

“O novo governo Temer precisa alcançar um equilíbrio delicado, anunciando novas medidas e ao mesmo tempo assegurando apoio no Congresso”, escreveram analistas do banco JPMorgan em nota a clientes. “O governo precisa demonstrar progresso constante ou corre o risco de frustrar as expectativas.”

(Com Reuters)

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