Economia dos EUA desacelera e cresce apenas 0,2% no 1º tri
O crescimento econômico americano ficou abaixo das expectativas do mercado financeiro, que esperavam uma alta de 1%
O Produto Interno Bruto (PIB) americano cresceu a uma taxa anual de 0,2%, informou o Departamento do Comércio do país nesta quarta-feira. Isso representa uma forte desaceleração quando comparada ao avanço de 2,2% registrado no quarto trimestre de 2014. O resultado ficou abaixo das expectativas dos analistas de mercado, que previam uma alta de 1% da economia.
O crescimento econômico dos Estados Unidos desacelerou com mais força no período por causa de uma soma de fatores, como o inverno rigoroso, queda nas exportações e redução das atividades de exploração de petróleo. O dólar forte e uma já resolvida disputa trabalhista em portos da Costa Oeste também impactaram o baixo crescimento, informou o governo. Analistas, no entanto, preveem que os resultados devem melhorar no restante do ano.
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Segundo o governo americano, os gastos dos consumidores, que respondem por mais de dois terços da produção econômica, desaceleraram para um ritmo de 1,9% no primeiro trimestre, ante crescimento de 4,4% no quarto trimestre. No ano passado, os gastos das famílias foram impulsionados por um forte crescimento no emprego e pela queda nos preços da gasolina. No entanto, os custos com combustível aumentaram desde o início deste ano e o mercado de trabalho desacelerou em março, pesando na confiança do consumidor.
Além disso, os gastos das empresas também têm mostrado arrefecimento. O investimento fixo não residencial, que reflete os gastos com software, pesquisa e desenvolvimento, equipamentos e estruturas, tiveram crescimento de 3,4%, em comparação com o aumento de 4,7% no quarto trimestre.
Os gastos do governo federal acrescentaram pouco na economia no primeiro trimestre, com expansão de 0,3%, em comparação com a queda de 7,3% no quarto trimestre.
O dólar valorizado fez com que os bens produzidos internamente ficassem mais caros no exterior e os produtos estrangeiros mais baratos, o que provocou a queda de 7,2% nas exportações entre janeiro e março deste ano. No quarto trimestre, elas haviam subido 4,5%. Já as importações subiram 1,8% no primeiro trimestre, ante avanço de 10,4% no quarto trimestre.
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(Com agência Reuters e Estadão Conteúdo)