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Economia dos EUA cresce 4,1% no 2º trimestre, a maior alta em quatro anos

Ritmo mais forte de crescimento deve-se à recuperação nos gastos do consumidor, às exportações e ao investimento empresarial

Por AFP Atualizado em 27 jul 2018, 17h35 - Publicado em 27 jul 2018, 14h31

O produto interno bruto (PIB) dos Estados Unidos registrou crescimento de 4,1% de abril a junho deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. O ritmo é o mais forte em quase quatro anosde acordo com a primeira estimativa do Departamento do Comércio, publicada nesta sexta-feira 27. O departamento também revisou para cima o crescimento no primeiro trimestre, a 2,2%, em vez dos 2% informados anteriormente.

A expectativa é que o desempenho do segundo trimestre, em consonância com os prognósticos de analistas, seja comemorado pela administração de Donald Trump. Por meio de cortes tributários, desregulamentações e uma reforma comercial global, seu governo prometeu instalar um crescimento acelerado sustentável.

O presidente Donald Trump saudou imediatamente a divulgação das estatísticas de crescimento como um “milagre econômico”, dizendo que a taxa de 4,1% não é uma “oportunidade única”.

“A economia americana caminha para um crescimento anual de mais de 3% e pode ser bem superior a isso”, afirmou Trump.

“Como os acordos comerciais vêm um por um, vamos subir muito mais”, declarou Trump, buscando mostrar que suas políticas econômicas estão dando certo.

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Na véspera, em um discurso em Iowa, meio-oeste americano, Trump já havia se antecipado ao anúncio do Departamento do Comércio: “Há previsões que vão de 3,8% a 5,3%. Aceitaremos qualquer coisa que comece com um 4… Ninguém diria que podíamos nos sair tão bem!”.

Consumo

A expansão da maior economia do mundo foi impulsionada por um consumo vigoroso que cresceu 4%, também sua melhor cifra desde o final de 2014.

As reduções de impostos, adotadas pelos republicanos no final de 2017, parecem ter impulsionado finalmente os gastos dos lares nos Estados Unidos.

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Os americanos compraram mais bens duráveis (+9.3%) e, em particular, automóveis. O gasto do consumidor pesou 2,7 pontos nas cifras de crescimento.

Exportações

Outro fator fundamental para os números do trimestre foram as exportações, que subiram 9,3%, seu nível mais elevado em cinco anos.

Este forte aumento aparece como um efeito secundário das tensões comerciais iniciadas pela administração Trump com a implementação das tarifas sobre o aço e o alumínio importados, especialmente da China.

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Antes que os chineses dessem uma resposta e impusessem em julho medidas semelhantes sobre a soja americana, os compradores estrangeiros parecem ter se antecipado e lotado seus celeiros.

O relatório do Departamento do Comércio assinala “uma aceleração das exportações de produtos alimentícios, bebidas, alimentos para o gado e especialmente soja”.

As exportações contribuíram com 1,12% no crescimento, sua máxima contribuição em cinco anos.

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Para a Organização Mundial do Comércio (OMC), no entanto, as consequências das tarifas alfandegárias aplicadas pelas potências econômicas mundiais não são ainda visíveis, mas causarão efeitos devastadores na economia mundial.

A OMC difundiu nesta semana um relatório que demonstra que as medidas de restrição comercial estão em alta e teme que os efeitos negativos dessa nova política de “olho por olho” seja uma desaceleração da economia.

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