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Economia brasileira avança 1,2% no segundo trimestre

Avanço nos serviços e no consumo das famílias sustentou o resultado do PIB entre abril e junho; no primeiro semestre, alta foi de 2,5%

Por Larissa Quintino Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 1 set 2022, 14h25 - Publicado em 1 set 2022, 09h13

A economia brasileira avançou 1,2% no segundo trimestre deste ano em relação ao trimestre anterior, acima das estimativas do mercado financeiro. O crescimento vem na onda da alta dos serviços e do consumo das famílias — apesar da inflação alta –, com a melhora do mercado de trabalho e os efeitos do FGTS e da antecipação do 13º salário para beneficiários do INSS. De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira, 1º, este é o quarto resultado positivo consecutivo do indicador após o recuo de 0,3% no segundo trimestre do ano passado. Em valores nominais, o PIB, que é a soma dos bens e serviços finais produzidos no Brasil, chegou a 2,404 trilhões de reais.

Esse resultado fez o PIB avançar 2,5% no primeiro semestre do ano. Com isso, a atividade econômica do país está 3% acima do patamar pré-pandemia, registrado no quarto trimestre de 2019, e atinge o segundo patamar mais alto da série, atrás apenas do alcançado no primeiro trimestre de 2014.

De acordo com o IBGE, o crescimento no segundo trimestre foi impactado pela alta de 1,3% nos serviços. “Os serviços estão pesando 70% da economia, então, têm um impacto maior nesse resultado. Dentro dos serviços, outras atividades de serviços (3,3%), transportes (3%) e informação e comunicação (2,9%) avançaram e puxaram essa alta. Em outras atividades de serviços, estão os serviços presenciais, que estavam represados durante a pandemia, como os restaurantes e hotéis, por exemplo”, explica a coordenadora de contas nacionais do IBGE, Rebeca Palis. Com o resultado, o subsetor “outras atividades de serviços” está 4,4% acima do patamar pré-pandemia.

Na indústria, a alta de 2,2% foi o segundo resultado positivo consecutivo do setor, após a queda de 0,9% no quatro trimestre do ano passado. Foi a taxa positiva mais alta para a indústria desde o terceiro trimestre de 2020 (14,7%), quando o setor começava a se recuperar dos efeitos da pandemia e tinha uma base de comparação depreciada. Esse crescimento se deve aos desempenhos positivos de 3,1% na atividade de eletricidade e gás, água, esgoto e atividades de gestão de resíduos, de 2,7% na construção, de 2,2% nas indústrias extrativas e de 1,7% nas indústrias de transformação.

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A agropecuária, que havia recuado 0,9% no último trimestre, variou 0,5% no segundo trimestre deste ano. “Esse setor é muito ligado à sazonalidade. No semestre, a agropecuária vem caindo, puxada pela retração na produção da soja, que é a nossa maior lavoura. Isso impactou bastante o resultado da agropecuária no ano”, diz Rebeca. Ela acrescenta que, no trimestre, o resultado está relacionado ao menor peso da safra da soja no período comparado ao trimestre anterior e ao ganho de peso da safra do café, cuja produção deve aumentar 8,6% na comparação com o colhido no ano passado.

Sob a ótica da demanda, o consumo das famílias cresceu 2,6% no segundo trimestre, maior alta desde o quarto trimestre de 2020 (3,1%). Já o consumo do governo recuou 0,9%, após registrar estabilidade no trimestre anterior (-0,1%). “A alta do consumo das famílias está relacionada à volta do crescimento dos serviços prestados às famílias, em decorrência dos serviços presenciais que estão com a demanda represada na pandemia. Um reflexo disso é o aumento no preço das passagens aéreas, uma consequência do crescimento da demanda”, analisa Palis.

Segundo a pesquisadora, além da demanda reprimida, a melhora no mercado de trabalho e a liberação de 86 bilhões de reais em medidas para estimular a economia, como o saque emergencial do FGTS e a antecipação do 13º de aposentados e pensionistas do INSS, também impactaram o consumo, apesar da inflação e dos juros mais altos.

Em relação aos investimentos (formação bruta de capital fixo), houve aumento de 4,8%. “Esse crescimento está ligado às atividades de construção e de informação e comunicação. Nessa última atividade, o desempenho positivo está especialmente relacionado ao desenvolvimento de software. Essa é uma das atividades que foram menos impactadas pelos efeitos da pandemia, assim como o setor financeiro, a agropecuária e a indústria extrativa.” A taxa de investimento foi de 18,7% do PIB no segundo trimestre.

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