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Donos da Priples, acusada de pirâmide, são presos no Recife

Em depoimento, contador da empresa admitiu que faturamento está atrelado à entrada de novos participantes - dinâmica típica de casos de pirâmide

Por Naiara Infante Bertão
5 ago 2013, 16h59

Dois sócios da Priples, companhia suspeita de ser uma pirâmide financeira, foram presos no último sábado no Recife, em Pernambuco. A prisão ocorreu horas depois de prestarem depoimento. Henrique Maciel Carmo de Lima, de 27 anos, e a sua esposa, Mirele Pacheco de Freitas, 22, foram presos em casa, em Jaboatão dos Guararapes, e levados para a 15º Delegacia de Polícia, na capital pernambucana. Eles são acusados de crime contra a economia popular. Com o casal, foram apreendidos 300 mil dólares e carros de luxo, disse o delegado que investiga o caso, Carlos Couto, em coletiva de imprensa.

Informações obtidas na delegacia onde os sócios permanecem detidos dão conta que até o contador da empresa confessou, em depoimento, que a receita da companhia era proveniente do dinheiro de novos entrantes – dinâmica típica de um esquema de pirâmide. A delegacia confirmou que o casal continua preso, contudo, o delegado não foi encontrado para comentar o caso. As investigações sobre a Priples começaram em junho após algumas pessoas reclamarem que não estavam recebendo os pagamentos devidos pela empresa.

A Priples se diz uma empresa de marketing multinível, focada em venda de anúncios. Assim como TelexFree e BBom, empresas que também são acusadas de formação de pirâmide e tiveram seus bens bloqueados, a Priples exigia um valor mínimo de 100 reais para a entrada de cada novo participante.

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Segundo informações obtidas pela imprensa local, a empresa prometia ganhos mensais de 60% sobre o valor investido e ainda pagava comissão para quem levasse novos ‘associados’. A empresa instigava os colaboradores a alimentar um banco de perguntas e respostas em seu site, na tentativa de promover a visibilidade da página nos sistemas de busca, como o Google. Estima-se que a empresa tenha 210 mil divulgadores – a maioria dos estados de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte.

Apesar de o delegado já ter pedido o bloqueio de bens da empresa, 70 milhões de reais, imóveis e veículos, além da quebra de sigilo de dados, o Tribunal de Justiça de Pernambuco não confirma nenhuma decisão sobre o assunto. Quem está acompanhando o caso é a juíza Sandra Beltrão, da 9ª Vara Criminal do Recife. Segundo a assessoria de imprensa, o processo corre em segredo de Justiça e a juíza não comentará o assunto para não comprometer as investigações.

No site e nos canais de redes sociais oficiais da Priples ainda não há nenhuma menção à prisão e nem à investigação.

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Em seu perfil no site da Priples, Henrique Maciel Carmo de Lima diz não ter completado o curso universitário de Ciências da Computação. Sua esposa é enfermeira.

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