Por Alessandra Taraborelli
São Paulo – Após a leve queda da véspera, o dólar voltou a se valorizar ante o real, mas o avanço perdeu força durante a tarde, à medida que as bolsas se valorizavam. O euro apresentou pequena melhora em relação ao dólar. Embora nada de concreto tenha acontecido, as declarações de apoio à Grécia trouxeram alívio aos negócios. No meio da tarde,a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente da França, Nicolas Sarkozy, afirmaram que a Grécia é parte “indivisível” da zona do euro, anunciou o governo grego depois da teleconferência entre os dois líderes e o primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou. Logo cedo, a boa notícia veio da China, com o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, afirmando que o país está disposto a aumentar os investimentos na zona do euro.
Com isso, o dólar no balcão encerrou em alta de 0,41% a R$ 1,72. Na mínima, a divisa norte-americana atingiu R$ 1,708 e na máxima, R$ 1,739. Na BM&F, o dólar pronto fechou valendo R$ 1,718 com ganho de 0,54%. Na mínima, a moeda atingiu R$ 1,710 e na máxima, R$ 1,734. Para o operador de câmbio da corretora Interbolsa Brasil, Ovídio Pinho Soares, a China precisa ajudar a Grécia porque senão o default será inevitável. No entanto, ele ressaltou que o país asiático deverá fazer exigências para apoiar o país grego. “A situação da Grécia é muito difícil, o país precisa arrumar muito dinheiro. A China tem que ajudar, mas matematicamente é difícil não ter default (calote). A China vai dar com uma mão e tirar com a outra”, disse o operador, acrescentando que o país chinês deve aproveitar para negociar a abertura industrial na Europa e até mesmo nos EUA.
Outro profissional avaliou ainda que o mercado está querendo melhorar, e as declarações de apoio foram suficientes para essa melhora. “Nada de concreto foi feito. Por enquanto é tudo promessa, mas as informações de reuniões e declarações de apoio ajudaram a melhorar o humor dos investidores, que estão em busca de notícias positivas”, disse a fonte.