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Dólar sobe 1,91% com maior tensão comercial no mundo

Moeda americana subiu 1,91%, a maior alta desde 26 de junho, terminando a sessão em R$ 3,8755

Por Estadão Conteúdo 11 jul 2018, 20h26

O aumento da aversão ao risco na economia mundial, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçar tarifas extras em US$ 200 bilhões de produtos importados da China, provocou novo dia de fortalecimento do dólar na economia mundial e fez a moeda subir 1,91% no Brasil, a maior alta desde 26 de junho, terminando a sessão em R$ 3,8755, perto das máximas do dia.

O real foi a segunda moeda no mundo que mais perdeu valor ante o dólar nesta quarta-feira (11), atrás apenas da divisa da Turquia. Após a decisão de Trump, Pequim falou que vai retaliar e analistas começaram a especular que uma das formas seria sobretaxar o petróleo comprado dos EUA, o que ajudou as cotações da commodity a despencarem em Londres e Nova York, acentuando o movimento de aversão ao risco.

Com a pressão para a alta da moeda vinda do exterior, o Banco Central ficou novamente de fora do mercado de câmbio, marcando o 13º dia seguido sem ofertas extraordinárias de novos contratos de swap (venda de dólar no mercado futuro).

A instituição fez nesta quarta-feira (11), assim como vem fazendo nos últimos dias, apenas a rolagem de contratos, em operação que somou US$ 700 milhões. Exportadores que na terça venderam dólares e ajudaram a moeda cair 1,71%, para R$ 3,80, nesta quarta reduziram suas operações, enquanto os importadores intensificaram as compras, segundo operadores de câmbio.

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“O governo Trump mais uma vez abalou os mercados de câmbio”, afirma o diretor em Nova York da área de moedas da BK Asset Management, Boris Schlossberg. Para ele, a reação dos mercados nesta quarta só não foi pior porque a decisão de Trump de mais tarifas ainda é uma proposta, não uma medida efetiva. “Os mercados esperam que o estilo característico de negociação de Trump, ‘de fazer muito barulho e depois recuar’, possa resultar em menos danos do que se pensava inicialmente”, avalia ele.

“Estamos nos movendo para um estágio onde as tarifas podem começar a ter um efeito mais palpável na atividade dos emergentes”, ressalta o economista de mercados emergentes da consultoria Capital Economics, William Jackson.

Em meio à piora do humor no mercado financeiro internacional, o Bank of America Merrill Lynch apontou Brasil, Turquia e África do Sul como os três mercados emergentes mais frágeis entre os dez maiores países deste grupo. O estudo leva em conta indicadores fiscais, do balanço de pagamento e a evolução do Produto Interno Bruto (PIB), entre outros indicadores.

O Brasil tem bons números nas contas externas, mas o lado fiscal é um dos piores na comparação com outros mercados. Como reflexo, o real é uma das moedas que mais perderam o valor ante o dólar este ano. A divisa dos EUA acumula alta de 17% até hoje.

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