Por Silvana Rocha
São Paulo – O Banco Central foi fundamental para resgatar o dólar do terreno negativo nesta terça-feira. Com o fluxo cambial positivo no mercado local desde cedo, embora pulverizado ao longo da sessão, a autoridade monetária pode ter comprado um volume considerável de moeda no leilão à vista realizado na última hora de negócios. O firme volume à vista confirma essa possibilidade. Além disso, o BC aceitou pagar taxa de corte (de R$ 1,8775) mais alta do que o preço de mercado da moeda naquele momento.
Desse modo, o spot no balcão reduziu a queda de 0,27%, a R$ 1,8760 antes do leilão, para -0,11%, a R$ 1,8790 logo depois, e fechou na máxima do dia e em alta de 0,11%, a R$ 1,8830. A mínima, pela manhã, foi de R$ 1,8760 (-0,27%). O resultado diário positivo, pelo segundo dia seguido, elevou a valorização do dólar ante o real em abril para 3,07% e, no ano, para 0,75%. Na BM&F, o dólar à vista encerrou com baixa de 0,19%, a R$ 1,8782.
Antes de passar para o lado positivo no fim da sessão, a moeda norte-americana oscilou em baixa desde a abertura, alinhada à discreta desvalorização do dólar no mercado internacional. Durante o dia, a cotação moveu-se entre margens estreitas, da mínima de R$ 1,8760 (-0,27%) à máxima de R$ 1,880 (-0,05%) no balcão.
Esse comportamento refletiu ingressos de recursos no mercado, sobretudo no começo da sessão, quando a taxa do cupom cambial de curto prazo (maio) foi à mínima de -0,50%, ante fechamento ontem em -0,06%. Após o BC absorver o fluxo positivo do dia, por meio do leilão, a taxa do cupom maio 2012 subiu até a máxima de +0,85% e fechou em +0,71%, informou a tesouraria de um banco nacional.