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Dólar recua e Ibovespa opera em alta em meio a alerta da OCDE e IOF no Brasil

OCDE prevê maior desaceleração da economia global desde a Covid; Haddad adia apresentação de medidas de ajuste fiscal para este domingo

Por Leticia Yamakami Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 3 jun 2025, 17h47 - Publicado em 3 jun 2025, 17h12

Nesta terça-feira, 3, o dólar encerrou em baixa de 0,70%, cotado a 5,63 reais, enquanto o Ibovespa, principal índice da B3, operava em alta de 0,56% próximo ao fechamento do mercado, aos 137.546 pontos. Hoje, os negócios se movimentaram em meio às projeções da OCDE, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, sobre a economia mundial e à resolução da questão do IOF, o Imposto sobre Operações Financeiras, no Brasil.

No cenário internacional, a OCDE divulgou o seu novo relatório econômico, em que prevê a maior desaceleração da economia global desde a Covid. No documento, a organização estima que o Produto Interno Bruto (PIB) global deve avançar 2,9% em 2025, ante aos 3,1% previstos em março. Para a economia dos Estados Unidos, a expectativa de expansão foi revisada para 1,6%, um recuo em relação à expectativa de crescimento de 2,2% feita em março. A razão central é a tensão mundial causada pelo presidente Donald Trump, por meio de suas medidas protecionistas e tarifas comerciais aplicadas a outros países do globo.

Outro destaque do dia foi o relatório Jolts, que mostra o número de vagas de emprego abertas nos EUA. Em abril, o país abriu 7,4 milhões de postos de trabalho, acima das expectativas do mercado, que projetava um resultado em torno de 7,1 milhões. A estabilidade observada no mercado de trabalho americano aponta que o Federal Reserve (Fed), banco central americano, deve adotar uma postura mais paciente, o que significa um adiamento do início do ciclo de cortes de juros nos Estados Unidos.

No Brasil, também houve um alerta da OCDE em relação à política fiscal do país. A organização afirmou que o Brasil terá dificuldades para cumprir a meta de déficit zero em 2025 e superávit de 0,25% em 2026, conforme previsto pelo novo arcabouço fiscal. Os principais motivos são os gastos obrigatórios, que seguem pressionando as contas públicas, especialmente com benefícios sociais e pisos constitucionais de saúde e educação, de acordo com a OCDE. “A proposta de reforma do imposto de renda, desenhada para ser neutra do ponto de vista arrecadatório, dificilmente abrirá espaço fiscal adicional para acomodar as crescentes pressões de gastos”, diz o relatório. 

Somado a isso, o mercado operou de olho na questão do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que segue em discussão no Congresso. Nesta manhã, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que iria apresentar ao presidente Lula, o novo pacote de medidas fiscais estruturais. Segundo ele, o pacote incluirá pelo menos uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) e um projeto de lei amplo, com o intuito de garantir estabilidade duradoura para as contas públicas até 2026. 

No entanto, a resolução final sobre o aumento do IOF foi adiada. Haddad disse que vai se reunir com líderes partidários para apresentar medidas de ajuste fiscal alternativas ao aumento do imposto apenas no próximo domingo, 8. Somente após isso haverá uma apresentação formal das medidas.

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