Por Silvana Rocha
São Paulo – O dólar ante o real manteve-se em baixa hoje, pelo segundo dia seguido, pressionado pelo recuo da moeda norte-americana no exterior e o fluxo cambial favorável. No começo do dia, o crescimento do PIB da China em dezembro e em 2011 melhor do que o esperado e o aumento da confiança dos alemães na economia neste mês ao maior nível desde meados de 2011 impulsionaram o euro até a máxima de US$ 1,2811, assim como as bolsas globais e as commodities, em detrimento da queda do dólar. A forte demanda em leilões de títulos da Espanha e da Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês) hoje, apesar dos rebaixamentos de rating pela Standard & Poor’s, contribuiu ainda para a melhora do ambiente de negócios.
No entanto, durante a manhã, a moeda comum europeia perdeu força com declarações de um executivo da agência Fitch de que a Grécia provavelmente vai declarar default sobre sua dívida nos próximos meses. Além disso, no mercado local, o fluxo cambial foi apenas levemente positivo, contrariando expectativas sobre ingressos mais robustos pela manhã. Desse modo, alguns players que reforçaram vendas na primeira metade dos negócios acabaram revertendo essas posições durante o dia, colaborando para a desaceleração da queda da divisa dos EUA.
No fechamento, o dólar à vista caiu 0,45%, para R$ 1,7770 no balcão, após oscilar entre mínima de R$ 1,7670 (-1,01%) e máxima de R$ 1,7790 (-0,34%). Com o resultado, a divisa acumula no mês e ano desvalorização de 4,92%. Na BM&F, o dólar à vista encerrou com recuo de 0,42%, cotado a R$ 1,7765. O giro financeiro total registrado na clearing de câmbio até 16h39 somava US$ 1,786 bilhão (36% inferior ao de ontem), dos quais US$ 1,467 bilhão em D+2.