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Bolsa vai ao maior patamar em 4 meses e dólar fecha semana abaixo de R$ 5

Melhora de dados econômicos no Brasil e acordo do teto da dívida nos EUA animam o investidor; na semana, Ibovespa subiu 1,52%

Por Luana Zanobia Atualizado em 2 jun 2023, 22h12 - Publicado em 2 jun 2023, 18h32

Em uma semana de alta volatilidade, o dólar comercial encerrou abaixo dos 5 reais, No fechamento desta sexta-feira, 2, a moeda americana terminou cotada em 4,95 reais, menor patamar desde 17 de maio, quando encerrou em 4,93 reais. A bolsa de valores fechou em alta de 1,8%, chegando aos 112,5 mil pontos. Esse é o maior patamar do Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, desde o dia 1º de fevereiro. Na semana, a bolsa subiu 1,52%.

A melhora do humor no mercado na semana está atrelada aos dados IPCA-15 e o crescimento do PIB brasileiro, que superou as expectativas, apontando para uma leve aceleração da economia e índices de inflação satisfatórios. As notícias vindas dos Estados Unidos com o acordo de aprovação da suspensão do teto da dívida de 31,4 trilhões também injetaram ânimo.

As perspectivas econômicas por aqui se tornaram mais positivas e analistas econômicos revisaram para cima suas projeções futuras, um indicativo bastante auspicioso. “Esse cenário propicia um encerramento de semana animador, com a bolsa de valores em alta e o dólar em queda. Nesse sentido, podemos afirmar que tivemos uma semana triunfante, principalmente porque os resultados expressivos do PIB vêm infundindo um sentimento de otimismo contínuo no mercado financeiro”, avalia Rodrigo Cohen, analista de investimentos e co-fundador da Escola de Investimentos.

O Goldman Sachs revisou a projeção para a economia brasileira de crescimento de 1,75% para 2,6% ao final de 2023. Já o Bank of America, que tinha previsto alta do PIB de 0,9%, passou a projetar crescimento de 2,3%. Por fim, o Morgan Stanley prevê um crescimento de 2,4%, contra 1,7% projetado anteriormente.

No entanto, o cenário ainda é de cautela. As fortes oscilações durante a semana, que levaram o dólar a 5,15 reais, são causadas por uma variedade de fatores, incluindo novos dados econômicos, eventos políticos ou mudanças nas expectativas do mercado. É importante que os investidores monitorem de perto esses fatores para entender melhor o que está impulsionando o movimento do mercado e fazer projeções informadas para o futuro.

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Segundo João Lucas Tonello, analista da Benndorf Research, para a próxima semana, a expectativa do mercado é de alta, ainda que com volatilidade e possíveis travamentos. “O dólar deverá manter-se próximo a 5 reais, com oscilações pontuais rumo aos 4,90 reais”, avalia. A expectativa dos especialistas era de uma semana mais alta para o dólar e mais baixa para o índice Ibovespa, mas não foi que aconteceu. “O trabalho feito pelo FED, principalmente, de aumentar os juros tem segurado a inflação e tem conseguido segurar a atividade econômica.” Por lá, a divulgação de dados de emprego de maio acima da expectativa, com a criação de 339 mil novas vagas de trabalho, adiciona mais pressão para que o Fed aumente os juros. “O Brasil se destaca nesse ponto por ter começado o processo de alta de juros muito antes das principais economias, o que tem hoje nos beneficiado em relação a números melhores de inflação e PIB muito melhor do que o esperado”, diz Cohen, analista de investimentos e co-fundador da Escola de Investimentos.

Além disso, o relatório do Livro Beige nos Estados Unidos mostrou um aumento moderado dos preços, com um declínio na taxa de inflação em diversos distritos. A demanda forte e os custos em ascensão mantiveram a alta dos preços ao consumidor, apesar da maior sensibilidade ao preço por parte dos consumidores. Houve aumento nos custos de insumos não trabalhistas, embora tenha sido observada uma diminuição nas pressões de custos gerais. Houve uma leve elevação nos preços de casas e aluguéis em grande parte dos distritos.

Apesar de alguns sinais positivos, o mundo hoje trabalha com dados divergentes, dando claros apontamentos de que a dificuldade do crescimento pode causar problemas nos próximos anos. “Então, a gente tem um mercado andando de lado, com uma volatilidade ainda reduzida, que pode aumentar caso apareça alguma informação mais negativa do que a expectativa”, avalia Jansen Costa, da Fatorial Investimentos. Ou seja, um dado de inflação pior no mundo pode ocasionar novos aumentos de juros e atrasar aqui, por exemplo, a queda de juros, mesmo com uma inflação menor.

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