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Dólar cede e fecha em R$ 3,74, maior cotação desde março de 2016

Moeda chegou a bater R$ 3,78 na abertura do pregão e levou o Tesouro a suspender as negociações de títulos públicos

Por Gilmara Santos
Atualizado em 18 Maio 2018, 17h56 - Publicado em 18 Maio 2018, 17h29

Depois de bater 3,78 reais na manhã desta sexta-feira, 18, o dólar reduziu a alta e fechou cotado a 3,740  reais, valorização de 0,97% em relação ao fechamento de quinta-feira, quando a moeda custava 3,713 reais. É o maior valor de fechamento desde 15 de março de 2016. Na semana, a moeda acumula valorização de 3,85%.

A disparada do dólar provocou a alta dos juros nos mercados futuro e à vista e levou o Tesouro Direto a suspender as negociações com títulos públicos. “Dada a volatilidade do mercado, as negociações com o Tesouro Direto foram suspensas, com previsão de retorno das negociações às 12h, sujeita a uma reavaliação das condições de mercado por volta desse horário”, informou o Tesouro em nota oficial. A suspensão foi prorrogada até as 15h30 e as negociações só voltaram às 16h.

“A decisão do Banco Central (BC) de proteger o câmbio com a manutenção da taxa Selic foi acertada, mas a comunicação foi errada, com o presidente da instituição dando a entender em entrevista que a taxa seria cortada. Isso traz incerteza para o mercado e aumenta a volatilidade”, considera a professora Luciana Maia Campos Machado, coordenadora dos cursos de graduação em administração, processos gerencias e gestão financeira da Faculdade Fipecafi.

Para o gerente de câmbio da Treviso, Reginaldo Galhardo, a instabilidade externa – com o movimento de mais altas de juros nos Estados Unidos e as disputas dos americanos com China e Síria – tem sido fator preponderante para essa elevação no valor da moeda.

“O mercado segue testando o dólar para cima até que o BC faça alguma interferência mais efetiva com as operações de swap”, diz Galhardo. “O mercado está muito volátil e só uma reação forte por parte do Banco Central pode apaziguar”, complementa.

Além do cenário externo, a indefinição eleitoral no Brasil completa os fatores que levam à valorização da moeda.

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