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Dilma: Trocas na equipe econômica não vão mudar compromisso com ajuste fiscal

Nelson Barbosa, na Fazenda, e Valdir Simão, no Planejamento, trabalharão de olho no equilíbrio das contas, mas também precisando "contagiar a sociedade", disse a presidente

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 21 dez 2015, 17h11

Embora o agora ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy tenha sido bombardeado cotidianamente e boicotado nas políticas de ajuste fiscal, a presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira, ao empossar o novo ministro Nelson Barbosa, que a mudança na equipe econômica não altera as metas do governo de colocar em ordem as contas públicas, controlar a inflação e garantir bases para a retomada do crescimento econômico. De perfil desenvolvimentista e identificado com a “nova matriz econômica”, Nelson Barbosa garantiu pela manhã a empresários nacionais e internacionais que o foco do governo continua o mesmo da gestão Levy, que não durou um ano – perseguir o ajuste fiscal e vencer o combate à inflação -, mas a escolha dele como chefe da Fazenda não foi bem recebida pelo mercado financeiro.

Na breve solenidade de posse de Nelson Barbosa, acompanhada por pesos-pesados das principais instituições financeiras – Alexandre Abreu (Banco do Brasil), Miriam Belchior (Caixa), Luiz Trabuco (Bradesco), Pérsio Arida (BTG Pactual), Roberto Setúbal {Itaú Unibanco), Murilo Portugal (Febraban) e Lázaro Brandão (Bradesco) -, Dilma defendeu a CPMF, disse ter o “compromisso de conduzir o Brasil a uma vitória sobre a crise” e declarou que vai “fazer o que for preciso” para retomar o crescimento da economia. Ela atacou indiretamente adversários pela instabilidade política e prometeu, de forma vaga, reformas tributárias e no sistema de previdência.

“A mudança da equipe econômica não altera nossos objetivos de curso prazo, que são restabelecer o equilíbrio fiscal, reduzir a inflação, eliminar a incerteza e retomar com urgência o crescimento”, resumiu. Embora não tenha dado autonomia completa ao ex-ministro Joaquim Levy, que chegou ao governo com a meta de rearranjar as contas públicas, a presidente afirmou que “jamais” deixará de reconhecer a “colaboração inestimável” do ex-auxiliar.

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“Sua presença à frente do Ministério da Fazenda foi decisiva para que fizéssemos ajustes imprescindíveis. Sua dedicação, assim como seu trabalho, ajudaram na aprovação da legislação fiscal mesmo em ambiente de crise política. Joaquim Levy, cuja competência já era conhecida, mostrou grande capacidade de agir com serenidade e eficiência mesmo sob intensa pressão. Em momento conturbado na política e na economia, o ministro Joaquim Levy superou difíceis desafios e muito contribuiu para a estabilidade e a governabilidade”, disse ela ao desgastado ex-ministro, bombardeado diariamente por setores do PT, pela base aliada no Congresso e pelo ex-presidente Lula.

Ao novo ministro Nelson Barbosa e ao novo chefe do Planejamento, Valdir Simão, que também tomou posse nesta segunda-feira, a petista afirmou que a tarefa deles é “trabalhar com metas realistas” e “contagiar a sociedade com a crença de que equilíbrio fiscal e crescimento econômico podem e devem ir juntos”.

Mesmo diante das evidências de um país parado, com projetos de infraestrutura abandonados, a presidente disse que, além de cortar gastos e colocar contas em dia, quer transformar o país em um “ambiente de confiança” para os investidores, com taxas atrativas de retorno. Em pé de guerra com o Congresso, que ainda se articula para viabilizar um processo de impeachment, ela ainda fez um aceno aos parlamentares ao dizer que “não faltou determinação do governo na busca pela governabilidade” e agradeceu a aprovação de projetos que podem turbinar os cofres da União, como as regras que permitem repatriação de recursos enviados ao exterior.

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