Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Dieese: massa de rendimentos tem 1ª queda desde 2009

Por Da Redação
26 out 2011, 12h05

Por Anne Warth

São Paulo – A massa de rendimentos, indicador que combina o nível de ocupação e o rendimento médio real dos trabalhadores, registrou queda num período de 12 meses pela primeira vez na série histórica da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Em agosto, a massa de rendimentos reais dos ocupados recuou 1,1% na comparação com o mesmo mês de 2010 no conjunto das sete regiões metropolitanas pesquisadas pelas entidades.

A série teve início em 2009, quando a região metropolitana de Fortaleza foi incluída no levantamento, que também considera as regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Salvador, São Paulo e Distrito Federal. Em relação a julho a massa de rendimentos manteve estabilidade.

Na região metropolitana de São Paulo o comportamento da massa de rendimentos dos ocupados foi semelhante. Ela caiu 0,9% em agosto na comparação com o mesmo mês de 2010, recuo que não acontecia desde junho de 2009, quando o indicador recuou 0,02% ante junho de 2008. Na comparação com julho de 2011, a massa caiu 0,6%.

Continua após a publicidade

Na opinião do economista da Fundação Seade Alexandre Loloian, a queda da massa de rendimentos está relacionada à elevada base de comparação do ano de 2010. “O comportamento da massa no ano passado empinou a curva do indicador”, afirmou. Segundo ele, ao longo dos últimos anos a massa de rendimentos costumava ter seu desempenho mais ligado à ocupação, já que a renda registrava um comportamento tímido. No ano passado, porém, tanto a ocupação quanto o rendimento aumentaram, gerando um crescimento substancial da massa, que chegou a crescer 13% na comparação de 12 meses ao longo de 2010.

Para o economista do Dieese Patricia Lino Costa, o comportamento da massa deve ser acompanhado com cautela. “A massa de rendimentos foi o grande patrimônio que gerou o crescimento do País nos últimos anos. Preocupa-nos qual será o comportamento da massa daqui para a frente”, afirmou. “Quando a massa não cresce, a sociedade consome menos e gera menos emprego no comércio e nos serviços.”

Apesar disso, o desemprego voltou a cair no mês de setembro. Na região metropolitana de São Paulo, o desemprego recuou para 10,6%, ante 11,2% em agosto. Foi a menor taxa para mês desde setembro de 1990, quando o desemprego foi de 10,2%. No indicador do conjunto das sete regiões metropolitanas, que teve a série iniciada em 2009, o desemprego passou de 10,9% em agosto para 10,6% em setembro, comportamento avaliado como estável pelas entidades. Foi a menor taxa para o mês desde o início da série. “Em setembro voltamos a ter a redução do desemprego esperada para esta época do ano”, disse Loloian.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.