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Desemprego recua para 9,1% e rendimento do trabalho volta a crescer

Ao todo, 9,9 milhões de pessoas buscam emprego, o menor número desde janeiro de 2016

Por Larissa Quintino Atualizado em 31 ago 2022, 16h51 - Publicado em 31 ago 2022, 09h51

A taxa de desocupação, que mede o desemprego no país, caiu para 9,1% no trimestre encerrado em julho, divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, 31. A taxa representa uma queda de 1,4 ponto porcentual na comparação com o trimestre anterior, terminado em abril. É o menor índice da série desde o trimestre encerrado em dezembro de 2015, quando também foi de 9,1%.

Já o contingente de pessoas ocupadas foi de 98,7 milhões, um recorde na série histórica, iniciada em 2012. Depois de dois anos, o rendimento real habitual voltou a crescer e chegou a 2.693 reais no trimestre. A melhora nos dados de mercado de trabalho é um dos grandes trunfos do presidente Jair Bolsonaro (PL) na campanha para a reeleição. Seu principal adversário, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), historicamente ligado ao movimento sindical, começou a pré-campanha chamando atenção para o desemprego acima dos dois dígitos. Com o recuo na taxa de desemprego desse patamar, a estratégia de Lula nesse campo tem sido a comparação com os índices de seu governo.

Segundo o IBGE, o nível de ocupação, isto é, quem está efetivamente trabalhando, foi de 57%, queda de 1,1 ponto porcentual (p.p.) em relação ao trimestre anterior, encerrado em abril. Já com relação ao mesmo trimestre de 2021, a redução é ainda maior: 4,1 p.p. “É possível observar a manutenção da tendência de crescimento da ocupação e uma queda importante na taxa de desocupação”, explica a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios, Adriana Beringuy, sobre o cenário positivo do emprego.

Duas atividades influenciaram a queda do desemprego em julho. Em “Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas”, houve acréscimo de 692 mil pessoas no mercado de trabalho (3,7%) em comparação com o trimestre anterior. Já no setor “Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais”, o incremento foi de 648 mil pessoas (3,9%). “Essas duas atividades, de fato, foram destaques, mas cabe ressaltar que nenhum grupo de atividade econômica apresentou perda de ocupação. Ou seja, todos os setores adicionaram pessoas ao mercado de trabalho”, pontua Beringuy. No que diz respeito ao confronto anual, com o trimestre encerrado em julho de 2021, apenas o setor de “Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura” não apresentou crescimento na população ocupada.

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A PNAD Contínua divulgada pelo IBGE mostra, ainda, que o rendimento real habitual voltou a crescer depois de dois anos e chegou a R$ 2.693 no trimestre encerrado em julho. “A última vez que houve crescimento significativo foi há exatos 2 anos, no trimestre encerrado em julho de 2020”, afirma Beringuy. Esse valor é 2,9% maior que no trimestre anterior, embora 2,9% menor que no mesmo período de 2021. O aumento foi puxado pelo rendimento dos empregadores (6,1%, ou mais 369 reais), dos militares e funcionários públicos estatutários (3,8%, ou mais 176 reais) e dos trabalhadores por conta própria (3% ou mais 63 reais). Os demais grupamentos não variaram. Já a massa de rendimento real habitual foi 260,7 bilhões de reais, aumento de 5,3% frente ao trimestre encerrado em abril e de 6,1% na comparação anual.

 

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