Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Desaceleração de vendas no comércio continua, avalia FGV

Por Da Redação
2 ago 2012, 14h23

Por Fernanda Nunes

Rio – As vendas do comércio registraram uma desaceleração no segundo trimestre, que prossegue no terceiro, de acordo com o economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV), Aloisio Campelo. “Pesa a desaceleração da economia em outros segmentos, que afeta também o ritmo de contratações. O mercado de trabalho ainda está favorável, mas se move lentamente. Por outro lado, as condições de crédito começam a se normalizar e as taxas de juros caíram. Mas ainda há cautela na concessão de crédito, por conta da inadimplência”, afirmou o economista, na divulgação do Índice de Confiança do Comércio (ICOM).

Para o comércio, o que está comprometendo as vendas é o cenário interno, analisa Campelo. “O fim do endividamento de curto prazo aponta para uma melhora para os próximos meses. A economia tem condição de acelerar no segundo semestre, mas o comércio não está com uma visão tão favorável neste momento. A visão de que haverá uma aceleração não é tão clara”, disse.

Na comparação da visão sobre a situação atual captada em julho com o mês anterior, o índice caiu 1,7%, após queda de 2,2% no mês anterior. As expectativas, para a mesma base de comparação, caíram 1,8%, após avanço de 1,8% registrado no mês anterior. Na comparação de julho de 2012 com o mesmo mês do anterior, a situação atual caiu 0,6% e a expectativa caiu 6,4%.

Continua após a publicidade

No trimestre findo em julho, em relação ao mesmo período do ano passado, estão contribuindo com a melhora do ICOM as atividades de hiper e supermercados (de -4,7% para -1,4%); tecidos, vestuário e calçados (de -2,8% para -1,8%); móveis e eletrodomésticos (de -2,7% para -0,9%) e veículos (de 1,9% para 6,4%). Os dois primeiros segmentos são diretamente influenciados pelo fator renda, enquanto os resultados de móveis e eletrodomésticos e veículos são influenciados pelas medidas de estímulo do governo, como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

A percepção sobre as vendas atuais de automóveis melhorou muito na média do trimestre findo em julho ante o mesmo período do ano anterior, de 4,7% para 27%. A expectativa para as vendas nos próximos meses, no entanto, passaram de 1,1% para -3,1%. “Isto reflete as incertezas sobre a postergação da medida da redução do IPI”, disse o economista da FGV.

Entre as pressões negativas sobre o índice, os destaques são equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (de -11,0% para -13,7%) e material de construção (de -5,4% para -9,1%). “Em material de construção, são fatores pontuais, que devem desaparecer”, ressaltou Campelo.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.