O equilíbrio das contas públicas parece ser o novo desafio dos BRIC – acrônimo para os países emergentes Brasil, Rússia, Índia e China. Assim como o Brasil, que realizou uma manobra fiscal para atingir o superávit primário no final de 2012, a China terá que enfrentar um problema fiscal neste ano. A projeção do Instituto de Pesquisa para Ciência Fiscal do Ministério das Finanças da China é que a economia do país terá um déficit fiscal maior este ano em razão do aumento dos gastos do governo e de reformas de impostos que vão reduzir o crescimento da arrecadação dos Estados.
O déficit no orçamento pode aumentar para cerca de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013. A meta da China é de 1,5%, informou Jia Kang, diretor do Instituto. Apesar dos temores com o crescimento do déficit fiscal, Kang não forneceu dados absolutos. A pista deixada por ele é que as despesas devem ser maiores que os 800 bilhões de yuans (US$ 127 bilhões) do ano passado.
O pesquisador não fez comentários sobre áreas específicas que podem gerar mais gastos ou maior arrecadação. Mas o governo central já elevou seus gastos com infraestrutura para promover nova expansão. A desaceleração da economia global também reduziu o crescimento do gigante asiático.
A China também quer reduzir a desigualdade entre os ricos e os pobres, o que indica maiores gastos com serviços sociais neste ano. Pequim também está tentando reduzir o peso do imposto para as empresa que estão enfrentando dificuldades domésticas e com as exportações. Em 2012, Pequim expandiu o uso do imposto de valor agregado (IVA) em substituição ao aumentos dos impostos para as empresas.
(Com Estadão Conteúdo)