De brinquedos a alimentos: os gargalos da indústria brasileira no exterior
A Confederação Nacional da Indústria entregou ao governo mapeamento para melhorar acesso ao mercado externo
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) entregou ao governo quatro publicações inéditas para fortalecer a agenda de acesso aos mercados internacionais. Em parceria com os setores industriais de alimentação, cosméticos, têxteis e brinquedos, a entidade mapeou as respectivas prioridades no enfrentamento dos desafios causados pela divergência regulatória no comércio internacional. “As empresas brasileiras enfrentam um número crescente de desafios de acesso a mercados devido a divergências regulatórias e padrões a serem atendidos em terceiros países. Os mapas de prioridade de cooperação regulatória serão fundamentais para ajudar a conduzir essa aproximação de normas e contribuir com a integração internacional”, afirma Robson Andrade, presidente da CNI.
Para o setor de alimentos, a indústria pede realização de diálogos bilaterais com países da América Latina, especialmente Colômbia, Peru e Paraguai, para aproximação e melhor compreensão quanto às escolhas regulatórias, principalmente no que diz respeito às informações nutricionais que constam nos rótulos.
Para o setor de cosméticos, a CNI pede mais forte atuação do governo e do setor privado na consolidação de um modelo de vigilância mais eficiente. Segundo a carta encaminhada, há problemas de regularização e monitoramento pós-mercado.
Já o setor têxtil pede promoção de diálogos bilaterais para aproximação e melhor compreensão quanto às escolhas regulatórias. Para a CNI, há problemas de etiquetagem e indicação da composição de produtos no mercado externo.
Por fim, o setor de brinquedos também pede promoção de diálogos bilaterais com a Argentina, para aproximação e melhor compreensão quanto às escolhas regulatórias, principalmente esclarecimentos sobre suposta diferença entre a regulação brasileira e a do Mercosul.
Os Mapas de Cooperação Regulatória Internacional da Indústria são o resultado do trabalho conjunto da CNI com a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), com a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA), com a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT) e com a Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (ABRINQ).