Dassault tenta vender ao Brasil caças com novo radar
Escolha do novo caça da FAB é uma pendência de 17 anos. A decisão sobre a compra deve ser anunciada até o final do ano por Dilma Rousseff
A Dassault Aviation, a fabricante do jato francês Rafale, finalista no processo de escolha de um novo caça para a Força Aérea Brasileira (FAB), vai incorporar, à sua proposta para o governo do Brasil, o novo radar AESA de alta tecnologia.
De acordo com Jean Marc Merialdo, diretor da corporação, �com esse equipamento, a FAB terá em mãos todo o estado da arte em radares de aeronaves de combate, cujo conhecimento é atualmente dominado somente pela França e pelos Estados Unidos�.
Segundo Merialdo, �o complexo industrial brasileiro terá acesso total à tecnologia do RBE2 AESA, a partir do nosso compromisso de compartilhamento irrestrito de informações estratégicas�. O executivo ressalta que a incorporação não vai elevar o preço de aquisição do Rafale.
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O AESA não está livre de problemas. O sistema processa grande volume de dados e, para isso, precisa de computadores de desempenho especial – muito velozes e com alto coeficiente de armazenamento.
A escolha do novo caça da FAB é uma pendência que dura 17 anos. Suspensa, cancelada, reaberta e adiada, a seleção é um negócio inicial de 6 bilhões dólares envolvendo 36 caças avançados. Os outros dois concorrentes são o F-18 E/F Super Hornet, da americana Boeing, e o Gripen NG, da sueca Saab. A presidente Dilma Rousseff pretende anunciar a decisão até o fim do ano.
(com Agência Estado)