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Cúpula da PRF nega passividade para conter bloqueios nas estradas

Segundo a corporação, 306 pontos foram desbloqueados; casos identificados de policiais com desvio de conduta terão inquérito disciplinar instaurado

Por Larissa Quintino Atualizado em 1 nov 2022, 16h13 - Publicado em 1 nov 2022, 12h34

A cúpula da Polícia Rodoviária Federal afirmou nesta terça-feira, 1º, que não houve passividade da corporação em agir para a desobstrução das estradas federais e estaduais pelo país. Desde domingo a noite, manifestantes pró Jair Bolsonaro (PL) começaram a fechar vias do país em protesto contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições presidenciais. De acordo com a PRF, até as 11h50, 306 pontos foram desbloqueados. Há manifestações em 20 estados mais o DF. A corporação não deu previsão para a normalização do trânsito nas rodovias.

Segundo o diretor-geral substituto, Marco Antônio Territo de Barros, os movimentos de obstrução de rodovias escalaram de forma mais rápida do que na greve dos caminhoneiros em 2018 e há todo empenho da corporação em desobstruir as vias de forma mais célere possível. Porém, segundo o diretor substituto, a operação é complexa e por isso há uma lentidão. “Estamos usando todos os meios possíveis de forma a debelar o quanto antes. Sabemos que é importante para a economia”, afirmou.  Ao serem questionados sobre os relatos de apoio de policiais rodoviários nas manifestações, a PRF rechaçou qualquer tipo de passividade. “Em momento algum a polícia rodoviária federal se omitiu. Determinação para atuar desde  instante”, afirmou Djairlon Henrique Moura, diretor de operações da PRF. Territo afirma que a PRF não conseguiu identificar lideranças do movimento.

De acordo com o corregedor Wendel Benavides Matos, três casos — um em São Paulo e dois em Santa Catarina — de PRFs demostrando anuência aos manifestantes, foram identificados e a corporação irá instaurar investigação. “A PRF age no cumprimento da lei, ela não apoia a ilegalidade ou o fechamento de rodovias. Os casos já foram identificados, já se instaurou inquérito na corregedoria. São dois ou três casos que circulam. Às vezes chegam dois policiais para um primeiro contato. Por vezes proferem palavras ou tem atitudes que não condizem com o que é determinado. Estamos verificando para ver desvios de conduta”, afirmou. Eles não foram afastados de suas funções.

Escalada da crise 

Segundo o diretor de inteligência da PRF, Luís Carlos Reischak Júnior, a corporação trabalhava com vários cenários sobre manifestações independente do resultado das eleições. Porém, a crise escalou de maneira mais rápida do que a PRF havia monitorado. “A crise escalou muito rápido. De 27 pontos às 23h30 de domingo, foi pra mais de 100 pontos às 1h. Não havia nenhum elemento que a crise fosse atingir essa envergadura”, afirmou. 

 Desde a oficialização da derrota de Bolsonaro, manifestantes que contestam resultados fecham rodovias contestando a vitória de Lula. Na noite de segunda-feira, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, ordenou que a PRF desbloqueasse as rodovias, sob pena de multa de 100 mil reais por hora e prisão a Silvinei Vasques, diretor-geral da PRF. Vasques não participou da coletiva. Ele está reunido com o ministro da Justiça, Anderson Torres. 

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