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Críticas a Lagarde após declarações sobre a Grécia

Por Por Anne-Sophie Labadie
27 Maio 2012, 12h50

As declarações sobre a Grécia da diretora do FMI, Christine Lagarde, que se referiu, entre outras coisas, aos que “em todo momento” procuram “não pagar impostos”, geraram críticas de dirigentes europeus e de muitos usuários da internet.

Em declarações publicadas no sábado no jornal britânico The Guardian, a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou que os gregos devem “começar a se ajudar” pagando seus impostos, e declarou-se menos preocupada por seu destino do que pelo das crianças da África.

Ao ser interrogada sobre as dificuldades do povo grego, Lagarde respondeu: “Em relação aos gregos, também penso nas pessoas que em todo momento buscam não pagar impostos”.

Lagarde assegurou que o FMI não tem a intenção de flexibilizar os termos do plano de austeridade imposto à Grécia, em troca de um multimilionário plano de resgate.

“Muito estimada: caso você não saiba, há uma crise humanitária na Grécia”, comentou neste domingo Despina Panagiotopulu na página de Lagarde na rede social Facebook.

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As declarações de Lagarde suscitaram mais de 8.500 comentários em sua página do Facebook, o que levou a diretora do FMI a afirmar que “os mais privilegiados” também deveriam participar dos esforços “equitativos”, que, segundo ela, os gregos devem realizar para sair da crise, “em particular pagando seus impostos”.

“Pouco importa o que você disser agora, depois de tantas críticas. Sabe o dano que causou ao povo grego?”, perguntou Thanasis Athanasopulos. “Não somos preguiçosos e tampouco somos mendigos”, acrescentou.

Na França, a porta-voz do governo socialista francês, Najat Vallaud-Belkacem, classificou de “um pouco caricatural e esquemática” a visão de Lagarde, enquanto o líder da Frente de Esquerda, Jean-Luc Melenchon, afirmou que os funcionários não têm “nenhuma forma de não pagar impostos”, já que eles são deduzidos quando recebem seu salário.

Líderes de esquerda gregos também criticaram os comentários de Lagarde.

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“Ninguém pode humilhar o povo grego durante a crise e me dirijo em particular à senhora Lagarde (…) que insultou os gregos”, declarou o líder do partido socialista (PASOK), Evangelos Venizelos, que apoiou a política de austeridade em seu país.

O líder do grupo de esquerda radical Syriza, Alexis Tsipras, considerou que “os trabalhadores gregos pagam seus impostos”, que são “insuportáveis”.

“Em relação à evasão fiscal, (Lagarde) terá que se dirigir ao PASOK e ao Nova Democracia para que lhe expliquem por que não exigem nada do grande capital e perseguem o trabalhador de base há dois anos”, acrescentou.

Segundo várias pesquisas publicadas neste domingo, o Nova Democracia obteria o primeiro lugar nas eleições previstas para o dia 17 de junho, com uma leve vantagem em relação ao Syriza, oposto à atual política de austeridade, mas não conseguiria obter maioria absoluta.

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