Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Crescimento de 2% não condiz com realidade, diz Fraga

Por Da Redação
19 jun 2012, 15h44

Por Francisco Carlos de Assis, Beatriz Bulla, Bianca Ribeiro e Ricardo Leopoldo

São Paulo – O ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga, avaliou nesta terça-feira que uma taxa de crescimento de 2% não condiz com a realidade da economia brasileira e acredita estar ocorrendo uma visão muito pessimista em relação ao Brasil, especialmente da parte do investidor estrangeiro. Segundo ele, é um processo inverso ao que se viu quando a economia estava crescendo a 7,5%, como em 2010, em que a percepção em relação à economia brasileira era altamente positiva.

“Crescimento de 7,5% não era condizente com a economia brasileira como o de 2% também não é. Temos capacidadepara crescer de 4% a 5%”, afirmou o ex-presidente ao participar do seminário “Guardiões da Estabilidade”, realizado pela Revista IstoÉ Dinheiro.

Ele disse que sempre conversou com investidores estrangeiros e que eles sempre foram mais otimistas com relação ao Brasil do que ele próprio. “Não é que seja pessimista, tanto que estou apostando a minha vida profissional aqui, mas acho que sempre houve exagero em relação ao Brasil”, disse Fraga.

Continua após a publicidade

Sobre o sistema de metas de inflação, Fraga afirmou que a estratégia permite algum grau de suavização da gestão do nível de atividade, mas não elimina o ciclo econômico. Ele ponderou que esse regime é simples e fácil de entender e foi adotado no Brasil em 1999, quando ele era o dirigente máximo do BC, quase por critérios de exclusão. “Não queríamos o câmbio fixo nem achávamos que seria interessante a adoção de âncoras nominais (para a inflação)”, destacou.

Para Fraga, o regime de câmbio flutuante se casa bem com o sistema de metas de inflação. Mas isso não significa que o BC não pode fazer intervenções no câmbio. “OBanco Central pode e deve atuar sobre o câmbio quando avaliar que é necessário”, disse.

Ele comentou ainda que “em algum momento vamos ter que encarar a redução da meta de inflação de 4,5%” no Brasil, o que será um complemento importante para solidificar a estabilidade econômica. “Mas eu sugiro que esta mudança ocorra de forma gradual, de acordo com a oportunidade do momento”, ressaltou.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.