SÃO PAULO, 16 Jan (Reuters) – A incidência do cancro cítrico nos pomares de São Paulo aumentou para 0,99 por cento dos talhões em 2011, ante 0,44 por cento no ano anterior, informou o Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) nesta segunda-feira.
O número é superior ao registrado no primeiro levantamento, feito em 1999, quando a doença atingiu 0,70 por cento dos talhões, o maior índice da série.
A região mais afetada é a Nordeste, com 7 por cento dos talhões contaminados, e em seguida está a região Oeste, com 2,2 por cento.
O levantamento foi feito em 10 por cento dos talhões de toda a área citrícola de 2011.
“As condições desta época do ano, como as chuvas e o calor, somadas à colheita, criam o ambiente ideal para uma rápida e fácil disseminação da bactéria causadora da doença”, disse o presidente do Fundecitrus, Lourival Carmo Monaco.
Para evitá-la, produtores devem adotar medidas como a desinfestação do material de colheita, pulverização de caminhões e veículos que circulam pelas propriedades e a queima de restos de colheita.
Caso haja suspeita de cancro cítrico, o produtor deve comunicar a Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) e, se confirmada a doença, é feita uma erradicação de árvores em um raio de 30 metros da área com sintomas -que, no entanto, podem demorar até cinco meses para aparecer.
A doença pode se manifestar em ramos, folhas e frutos e a bactéria pode se espalhar pela chuva, pelo trânsito de máquinas agrícolas e pelo próprio produtor.
(Reportagem de Patrícia Monteiro)