Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Covid-19 derruba atividades da indústria automotiva em 90%

Com fábricas paradas, área registra queda de 21% na fabricação de veículos em março no país, segundo a Anfavea; setor pede ação do governo

Por Diego Gimenes
Atualizado em 6 abr 2020, 18h36 - Publicado em 6 abr 2020, 17h58

O avanço da pandemia do novo coronavírus e o fechamento de fábricas por todo o país já afetaram fortemente os resultados da indústria automotiva em março. Depois de duas semanas de forte atividade no mercado interno, que apontavam para um robusto crescimento, a paralisação gradativa do comércio e das fábricas na segunda quinzena do mês resultou em queda de quase 90% nas atividades do setor.

A maior apreensão da indústria passou a ser a projeção para o mês de abril. “O momento é de priorizar a saúde da população, e todas as nossas associadas estão dando sua contribuição no combate ao coronavírus, seja reparando respiradores, seja produzindo e doando máscaras, ou mesmo cedendo suas frotas para as mais diversas finalidades. Mas também é hora de uma conscientização de todas as esferas do governo, bancos e sociedade para criar mecanismos que permitam à cadeia automotiva atravessar esse período de retração com a preservação das empresas e dos empregos”, afirmou Luiz Carlos Moraes, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea)

No mês passado, o setor registrou queda de 21% na produção de veículos no Brasil. Ao todo, foram produzidas 189.958 unidades, contra 240.763 no mesmo período de 2019. No acumulado deste ano, entre janeiro e março, a queda foi de 16%, segundo dados da AnfaveaNos próximos meses, o cenário para o setor é preocupante. No fim de março, as montadoras anunciaram férias coletivas para seus funcionários e a General Motors (GM) propôs redução salarial de até 25% para os trabalhadores da fábrica de São José dos Campos, interior de São Paulo.

“Tivemos dois momentos bem distintos em março. Até o começo da segunda quinzena, as vendas estavam em alta, com crescimento de 9% no acumulado do ano, em relação a 2019. Mas o avanço da pandemia em nosso país foi provocando a interrupção das atividades nas fábricas e nas concessionárias, fazendo com que fechássemos o mês com queda de 8% no acumulado do ano”, justificou Moraes.

As vendas de veículos novos também caíram no mês de março. Segundo a associação, foram 17.165 unidades vendidas, contra 22.961 no mesmo período de 2019. As exportações também tiveram queda, na ordem de 25%: 30.772 veículos foram exportados, contra 39.018 em março do ano anterior.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.