Corretor do UBS é acusado de fraude e permanece detido
Kweku Adoboli, suspeito de ter causado perdas da ordem de 2 bilhões de dólares, continuará preso em Londres pelo menos até o dia 20 de outubro
O procurador, David Levy acredita que a soma das perdas pode chegar a 2,3 bilhões de dólares
O corretor de 31 anos suspeito de ter causado perdas milionárias ao banco suíço UBS lamentou o ocorrido, de acordo com informações de seu advogado em uma audiência realizada nesta quinta-feira em Londres. Além dos três processos que já respondia, foi acusado de mais um crime, de fraude, e deve seguir na prisão até o dia 20 de outubro. “Kweku Adoboli lamenta profundamente o ocorrido. Ele foi ao UBS e lhes disse o que havia feito, e está consternado pela escala das consequências de seu desastroso erro de cálculo”, declarou Patrick Gibbs durante a audiência realizada no Tribunal de Magistrados da City, o bairro financeiro da capital britânica.
Adoboli, vestido sobriamente com um terno cinza escuro, camisa branca e gravata azul, responde a um total de quatro processos se somadas as acusações anteriores de abuso de posição e contabilidade falsa. Além disso, uma das queixas foi alterada para incluir o valor de ao menos 1,5 bilhão de dólares que pode ter feito o UBS perder com supostas operações não autorizadas, embora o procurador, David Levy, acredite que a soma era provavelmente de 2,3 bilhões de dólares. O montante não foi confirmado até o momento.
O próprio banco suíço no domingo aumentou sua previsão de perda potencial para 2,3 bilhões de dólares, contra os 2 bilhões anunciados inicialmente. Trata-se do maior escândalo deste tipo desde que, em 2008, o corretor francês Jerome Kerviel fez o banco francês Société Générale perder cerca de 5 bilhões de euros com operações não autorizadas. Adoboli deverá comparecer novamente diante do juiz no dia 20 de outubro.
(Com Agence France-Presse)