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Correios, Telebras e EBC estão na lista de privatizações de Guedes

Eletrobras, Companhia Docas do Estado de São Paulo, Dataprev e Casa da Moeda também estão entre as companhias que serão desestatizadas; confira relação

Por Felipe Carneiro e Victor Irajá
Atualizado em 21 ago 2019, 12h51 - Publicado em 21 ago 2019, 11h52

Os Correios, a Telebras e a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) estão na lista das 17 empresas que devem ser privatizadas pela equipe econômica do ministro Paulo Guedes, segundo informações a que VEJA teve acesso. O governo deve fazer o anúncio oficial nesta quarta-feira, 21.

Pela manhã, o presidente da República, Jair Bolsonaro, disse que entre as privatizações anunciadas no dia anterior por Guedes, está a dos Correios. Procurada, a pasta da Economia ainda não confirma a venda das outras companhias listadas. Fontes ligadas ao ministério afirmaram que os planos de privatização da Casa da Moeda, do Dataprev e do Serpro estão confirmados e em estágios mais avançados.

Para Bolsonaro, o processo de privatização dos Correios deve ser “bastante longo” por depender do aval do Parlamento. “A lista do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) para o processo de privatização começa pelos Correios, o resto não lembro de cabeça”, afirmou Bolsonaro na saída do Palácio da Alvorada.

Na terça, Paulo Guedes disse que seriam anunciadas 17 empresas que devem ser privatizadas até o final deste ano. “As coisas estão acontecendo devagarzinho, vai uma BR Distribuidora aqui, daqui a pouco vem uma Eletrobras, uma Telebras, daqui a pouco vem também os Correios, está tudo na lista. Amanhã [quarta-feira 21] devem ser anunciadas umas 17 empresas só para completar o ano. Ano que vem tem mais”, disse o ministro em evento na capital paulista.

Confira a lista:

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  • Emgea (Empresa Gestora de Ativos);
  • ABGF (Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias);
  • Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados);
  • Dataprev (Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social);
  • Casa da Moeda;
  • Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo);
  • Ceasaminas (Centrais de Abastecimento de Minas Gerais);
  • CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos);
  • Trensurb (Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre S.A.);
  • Codesa (Companhia Docas do Espírito Santo);
  • EBC (Empresa Brasil de Comunicação);
  • Ceitec (Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica Avançada);
  • Telebras
  • Correios
  • Eletrobras
  • Lotex (Loteria Instantânea Exclusiva);
  • Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo).

Correios

No início de agosto, o presidente Jair Bolsonaro declarou que a privatização dos Correios estava no radar do governo. “Vocês sabem o que foi feito com os Correios. O mensalão começou com eles. Sempre foi um local de aparelhamento político e que foi saqueado, como no fundo de pensão. Os funcionários perderam muito, tiveram que aumentar a contribuição para honrar”, disse o presidente, na ocasião.

Em maio, Bolsonaro já havia afirmado a VEJA que deu sinal verde para a privatização dos Correios. “Vamos partir para a reforma tributária e para as privatizações. Já dei sinal verde para privatizar os Correios. A orientação é que a gente explique por que é necessário privatizar”, disse ele;

O governo enxerga a privatização da estatal com urgência. Em julho, VEJA teve acesso a cálculos preliminares feitos pela equipe do governo. As primeiras conclusões mostram que o tempo de vida útil para concretizar a venda dos Correios está em torno de cinco anos. Desde o início de 2018, a principal fonte de receita da estatal deixou de ser o monopólio postal — a entrega de cartas, largamente substituídas por várias formas de mensagem eletrônica — e passou a ser a entrega de encomendas, mudança impulsionada, sobretudo, pelo crescimento do e-commerce. No prazo previsto pela equipe econômica, as transportadoras privadas ultrapassarão a estatal na prestação do serviço. O ponto de virada inviabilizaria por completo a sua venda.

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