Contratações temporárias devem cair 35% no fim de 2015

Estimativa é de geração de 105 mil vagas, a mais fraca desde 2007, afirmam sindicatos de trabalhadores terceirizados

Por Da Redação
23 out 2015, 19h46

Consumidores em supermercado (Ricardo Matsukawa/VEJA)

As contratações temporárias no final do ano devem somar 105 mil em todo o país, número que, se a previsão se confirmar, representará uma queda de 35% na comparação com o mesmo período do ano passado. A estimativa é da Federação Nacional dos Sindicatos das Empresas de Recursos Humanos, Trabalho Temporário e Terceirizado (Fenaserhtt) e do Sindicato das Empresas de Prestação de Serviços a Terceiros, Colocação e Administração de Mão de Obra e de Trabalho Temporário no Estado de São Paulo (Sindeprestem).

Com 105 mil contratações temporárias previstas para 2015, o número é o mais baixo registrado desde 2007. O número subiu ano a ano, até chegar ao pico de 163 mil contratados em 2014.

A indústria deve concentrar 67% das vagas temporárias e o comércio, 33%. “O setor industrial, acometido pelos efeitos da crise econômica, reduziu ao máximo o quadro de funcionários efetivos para conseguir se manter em atividade. Agora, para atender às demandas de final de ano, precisa recompor a força de trabalho e para isso contrata temporários”, afirmou Vander Morales, presidente da Fenaserhtt e do Sindeprestem.

Apesar do cenário ruim, a expectativa das entidades é de que 5% do total de temporários (cerca de 6 mil pessoas) sejam efetivados pelas empresas, o mesmo porcentual de efetivados em 2014.

Para 48% das empresas pesquisadas, os contratos firmados nesta época do ano devem durar entre 61 e 90 dias. Do total de contratados, 72% devem ter entre 22 e 35 anos.

Continua após a publicidade

Arrecadação cai pelo sexto mês e tem pior setembro desde 2010

(Com Estadão Conteúdo)