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Conheça os planos de austeridade dos países europeus

Reino Unido é o que pretende adotar o mais severo corte de gastos públicos

Por Da Redação
29 jun 2011, 21h35

A Grécia aprovou um ambicioso plano de austeridade para continuar recebendo assistência financeira internacional e evitar a sua quebra. Assim como Atenas, outros governos europeus aplicam cortes com os quais esperam reduzir o déficit público.

Grécia – Atenas adotou em maio de 2010 um plano de austeridade sem precedentes para reduzir seu déficit público a 1% em 2014. Em troca do estrito cumprimento desse plano, os países da zona do euro e o Fundo Monetário Internacional (FMI) fecharam com a Grécia um plano trienal de empréstimos de 110 bilhões de euros, para permitir que o país se financiasse a uma taxa razoável.

Em 2010, as medidas adotadas, como congelamento de aposentadorias, cortes nos salários dos funcionários públicos, aumento do Imposto sobre o consumo e luta contra a sonegação fiscal reduziram o déficit em cinco pontos, a 10,5% do Produto Interno Bruto (PIB), um nível ainda superior ao previsto inicialmente.

Vendo que os mercados continuavam exigindo taxas proibitivas, Atenas viu-se obrigada a pedir nova ajuda à União Européia (EU) e ao Fundo Monetário Internacional (FMI) para evitar a suspensão de pagamentos. O governo aplicará um novo plano de austeridade entre 2012 e 2015, que consiste em 24,4 bilhões de euros em cortes e 50 bilhões de euros em privatizações.

Itália – Sob pressão das agências de classificação de risco, que ameaçam baixar a classificação da dívida italiana, o governo prevê adotar nesta quinta-feira um novo plano de austeridade de 43 bilhões de euros para cumprir seu compromisso de conseguir um equilíbrio orçamentário em 2014.

A maioria das medidas está prevista para os anos 2013-2014. Para 2011 e 2012, já estão previstos cortes no valor de 25 bilhões de euros, segundo um plano adotado no ano passado.

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O novo plano prevê aumentar a idade de aposentadoria, reduzir os gastos em saúde, prolongar até 2014 o congelamento de salários e de contratações no setor público e reduzir os salários dos ministros. Em paralelo, o governo quer baixar o imposto de renda e compensará essa medida reduzindo os nichos fiscais e aumentando as taxas sobre a entrada de fluxos financeiros ao país.

Espanha – A Espanha realizou nos últimos meses reformas no mercado de trabalho e no sistema bancário, promovendo a fusão de bancos de poupança regionais, fragilizadas pela explosão da bolha imobiliária. O país adotou um plano rigoroso para reduzir o déficit público de 9,2% alcançado no ano passado para 6% este ano, e a 3% do PIB em 2013.

Entre as medidas mais emblemáticas e impopulares estão a redução em 5% dos salários dos funcionários públicos, o congelamento das aposentadorias e a supressão de ajudas como o “cheque bebê”, de 2.500 euros, concedido às famílias no nascimento de cada criança.

Portugal – Em troca de um plano de ajuda de 78 bilhões de euros concedido em maio pela UE e pelo FMI, Lisboa terá de reduzir seu déficit de 9,1% do PIB, estimado em 2010, para 5,9% este ano, com uma meta de 3% em 2013.

Constrangido pela assistência financeira externa, o governo terá de flexibilizar o mercado de trabalho, promover a livre competição na energia e nas telecomunicações e reduzir o número de funcionários públicos. Também terá de privatizar várias empresas, como a companhia aérea TAP.

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O novo governo conservador de Pedro Passos Coelho apresentou medidas suplementares, como a suspensão da construção da linha de alta velocidade Lisboa-Madri e a privatização de meios de comunicação públicos.

Reino Unido – Londres adotou o plano mais severo dos grandes países industrializados desde o início da crise financeira, com a finalidade de eliminar o déficit público até 2015. O plano combina uma redução dos gastos do estado e das administrações locais, aumentos de impostos e a destruição de mais de 300.000 postos de trabalho no setor público.

Irlanda – A UE e o FMI fecharam com o país, no fim de 2010, um plano de resgate de 85 bilhões de euros. Dublin comprometeu-se, em troca, a tomar medidas para sanar suas contas públicas, reformar sua economia e reestruturar seus bancos, devastados pela crise das hipotecas subprime – aquelas negociadas com famílias de baixa renda.

O déficit público disparou para 32% do PIB no ano passado, devido à decisão do governo de assumir em seu orçamento as dívidas dos bancos privados. O Executivo quer este ano reduzir o déficit a 10,6% do PIB.

(com Agence France-Presse)

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