Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Congresso nigeriano decide manter subsídios à gasolina para evitar greve

Por Da Redação
8 jan 2012, 17h40

Lagos, 8 jan (EFE).- O Parlamento da Nigéria reivindicou neste domingo ao Governo, em votação extraordinária, que mantenha os subsídios à gasolina para evitar uma greve geral, convocada pelos sindicatos pela alta de preços dos combustíveis.

O presidente da Câmara Baixa nigeriana, Aminu Tambuwal, anunciou que a proposta obteve o apoio de uma arrasadora maioria de parlamentares.

Os deputados concordaram com a criação de duas comissões para explorar o alcance da decisão do Governo de Goodluck Jonathan, inclusive um comitê que intermedeie a discussão entre o Executivo e os sindicatos.

A decisão do Congresso reforça as posições das centrais sindicais que hoje confirmaram a convocação de greve geral para amanhã pela alta de preços da gasolina, apesar das chamadas de conciliação do presidente ontem na televisão.

As duas principais centrais sindicais, o Congresso Nigeriano do Trabalho (NLC) e o Congresso de Sindicatos (TUC), que convocaram a greve, expressaram em comunicado que o discurso do presidente não vai impedir as mobilizações.

Continua após a publicidade

Goodluck Jonathan defendeu a decisão de seu governo de retirar os subsídios à gasolina, que fizeram subir o preço do combustível de 65 nairas (R$ 0,74) por litro para 141 e 200 nairas (R$ 1,61 e R$ 2,28).

‘O movimento sindical, em nome da população nigeriana, declara que a mensagem do presidente não vai mudar absolutamente nada e, portanto, a greve por tempo indeterminado a partir de segunda-feira, as manifestações e protestos continuam de pé’, afirmaram os sindicatos em seu comunicado.

‘Os nigerianos não podem assumir esses preços da gasolina e a hiperinflação que essa medida gerou. O presidente Jonathan desperdiçou ontem sua oportunidade’, acrescentou a plataforma de sindicatos.

Em seu discurso, transmitido pelas emissoras de televisão nigerianas, Jonathan pediu compreensão aos cidadãos em relação às medidas de ajuste, que incluem a redução de 25% no salário-base dos servidores públicos e cortes de outros gastos estatais, além da retirada dos subsídios aos combustíveis.

Continua após a publicidade

‘Só temos duas opções: ou desregulamos o setor dos combustíveis para sobrevivermos economicamente, ou mantemos os subsídios, que continuarão dificultando nosso crescimento, e assumimos as consequências’, advertiu o presidente.

‘A liberalização deste setor era uma medida necessária que tínhamos de tomar. Deveríamos continuar da mesma maneira e nos expor a sérias consequências econômicas? Não será melhor assumir os momentos difíceis iniciais para obter mais lucros depois?’, indagou-se Jonathan.

‘Quero garantir a todos os nigerianos que, seja qual for o sofrimento que enfrentarem agora (pela alta da gasolina), será temporário’, acrescentou. EFE

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.