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Confinamento bovino deve crescer 19% no Brasil este ano–estudo

Por Da Redação
24 abr 2012, 17h03

SÃO PAULO, 24 Abr (Reuters) – O confinamento bovino em 2012 deve crescer 19 por cento no Brasil, com potencial para atingir a marca de 3,8 milhões de animais, apontou levantamento do Banco Original, controlado pela J&F Holding, que inclui o JBS, maior produtor de carne bovina do mundo.

A projeção divulgada nesta terça-feira leva em consideração os dados da primeira pesquisa de intenção de confinamento do Banco Original, feita entre março e abril, combinados com o levantamento Anualpec, da Informa Economics FNP, que apontou o número de animais confinados no ano passado em 3,2 milhões de cabeças.

“Nosso levantamento mostra um crescimento de 19 por cento… considerando que o Brasil tenha o mesmo ritmo, dá para extrapolar para o país”, explicou Mariana Peres, zootecnista do Banco Original. “Se for realizada (a expectativa), pode ser o maior crescimento nesses cerca de 10 anos de história de confinamento no país”, acrescentou.

O confinamento é realizado no período de entressafra, entre maio e setembro, quando o tempo mais seco afeta a capacidade nutricional das pastagens, dificultando a engorda dos animais destinados ao abate.

O estudo realizado pelo banco, entre março e abril, indica que os 227 pecuaristas entrevistados em dez Estados, que confinaram 940 mil animais no ano passado, pretendem elevar em 19 por cento os confinamentos em 2012. A pesquisa engloba um universo que representa cerca de um terço do total de animais confinados no país e tem margem de erro de 2 por cento.

A pesquisa do Banco Original aponta elevação nos principais Estados confinadores, sendo liderado por Mato Grosso (com 31 por cento), seguido por Mato Grosso do Sul (19 por cento), Goiás (10 por cento) e São Paulo (6 por cento).

A zootecnista atribui o movimento ao clima mais seco na temporada tradicionalmente mais chuvosa no final do ano passado e o primeiro trimestre deste ano, que afetou o desenvolvimento das pastagens; à perspectiva de recuo nos custos de produção; e à perspectiva de preços remuneradores na entressafra do setor, entre junho e outubro.

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O banco trabalha com a perspectiva de que haverá um diferencial de preços entre maio, quando os animais são confinados, e a época do abate em outubro, diferentemente do que aconteceu no período de decisão de confinamento do ano anterior.

Nesta terça-feira, por volta das 15h30, o preço futuro do boi gordo negociado na BM&FBovespa para o vencimento outubro estava em 103,85 reais por arroba, enquanto o contrato maio estava em 96,80 reais.

“Os preços estão favoráveis na BM&F… e a curva (de preço) do milho vem mostrando tendência de queda”, apontou José Marinho, economista do Banco Original.

A zootencista do Banco Original acrescentou que o crescimento deste sistema de produção no Brasil é uma tendência que está se firmando, pelo aumento do número de confinamentos estratégicos, como parte do manejo das fazendas.

“É uma tendência certa de crescimento. Não acredito que vamos visualizar anos de redução… A intensificação da pecuária veio para ficar”, acrescenta.

No Brasil, atualmente, 90 por cento da pecuária é extensiva, enquanto nos Estados Unidos a relação é contrária, apenas 10 por cento vem deste tipo de sistema produtivo.

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CARTEIRA DO AGRONEGÓCIO

O Banco Original trabalha com a meta de ampliar sua participação no agronegócio. Para este ano, o banco prevê um salto de quase 50 por cento na carteira de créditos para este segmento, para 760 milhões de reais em 2012.

No momento, em abril, o banco conta com uma carteira de créditos para agronegócios de 550 milhões de reais, dos quais 470 milhões de reais estão alocados em operações pecuárias e 90 milhões de reais divididos entre soja, milho, cana, café e eucalipto.

“Nos próximos dois a três anos, as operações agrícolas começarão a ter mais representatividade”, observou o José Marinho, diretor do banco. Segundo ele, a estratégia é oferecer alternativas de financiamento que estejam atreladas ao ciclo produtivo das culturas, da mesma forma que já atua nos segmentos frigoríficos.

(Por Fabíola Gomes)

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